Após a forte mobilização dos moradores da região da Lapa, contrários à instalação de um Centro Temporário de Acolhimento (CTA) na esquina das ruas Dom João V e Gago Coutinho, a secretária municipal de Desenvolvimento e Assistência Social (SMADS), Eliana Gomes, informou, na terça-feira, 7, que não irá prosseguir com o processo no imóvel e buscará outro local para a implantação do equipamento, cuja função é atender pessoas em situação de vulnerabilidade. “Embora o local atendesse aos critérios de infraestrutura e proximidade das demandas, os questionamentos dos moradores e a importância de garantir a proteção integral da criança e do adolescente, como preconiza o ECA, nos fez reavaliar o projeto”, explicou a secretária.
O grupo que liderou a mobilização – formado pelos diretores dos colégios Pré-Médico, Gerson Nunes, e Adventista, Antonio Riscallah, e pelos diretores da Associação Viva Leopoldina, Carlos Alexandre de Oliveira, e LaRoma, Valdívia Passoni – recebeu a confirmação da notícia durante um encontro com o vice-prefeito, coronel Mello Araújo, e a vereadora Sandra Santana (MDB). “O coronel e a vereadora entenderam o nosso posicionamento, de que um CTA naquele local poria em risco a segurança dos alunos das várias escolas próximas, e intercederam em nosso favor. O apoio deles foi fundamental para esse desfecho positivo”, ressaltou Oliveira.
“Esta vitória reafirma que a causa não é apenas do Colégio Pré-Médico, mas de todos que acreditam na importância de preservar um ambiente seguro, harmônico e acolhedor para nossas crianças, famílias e trabalhadores. Quando a comunidade se une em torno de um propósito justo, o resultado é sempre transformador, afirmou Nunes.
O subprefeito da Lapa, coronel Paulo Adriano Telhada, e o deputado estadual Capitão Telhada (PP) também atuaram no processo. “É claro que a Prefeitura não pode negligenciar a questão da população de rua, mas um CTA ao lado de escolas não é adequado. O poder público fez o que devia fazer, ouviu a população”, disse o subprefeito.
