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Alunos da Escola Estadual Pereira Barreto protestaram contra as más condições do prédio e se recusaram a assistir aula na terça-feira, 4. A paralisação estudantil foi deflagrada depois que parte do teto do corredor do andar superior caiu, na sexta-feira, 31, durante as aulas do período noturno. Ninguém se machucou. Segundo eles, a situação é precária, o teto e lousas estão despencando, salas empoeiradas, banheiros sem porta e descarga estão entre as reclamações. A poeira causada pela obra de restauro do prédio tombado (orçada em R$ 1.189.032,26), iniciada em janeiro, vem provocando alergias e doenças respiratórias nos estudantes. A demora da empresa CAJConstruções e Empreendimentos Ltda., em concluir a obra interna é apontado como o maior problema por ser realizada durante o período de aula. “Queremos estudar, mas precisamos de condições. A obra está devagar e o barulho e a poeira atrapalham”, diz a aluna do 3º Ano, Jenifer Campos Araújo.
Solução
Por causa do protesto, técnicos da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE) e a dirigente de Ensino Centro-Oeste, Rosangela Valim, chegaram à escola. Primeiro as aulas foram suspensas até segunda-feira (10), mas após uma reunião entre a direção da escola, técnicos da FDE, o engenheiro da construtora, a dirigente de Educação e representantes dos alunos, ficou definida a transferência das aulas para outro local. “Por 45 dias os alunos vão compartilhar o prédio da Escola Estadual Doutor Reinaldo Ribeiro da Silva (na Vila Anastácio), a partir de segunda-feira (10), para a empresa concluir a (obra da) parte interna da escola. Depois será feito o lado externo. O prazo de entrega da obra é dezembro”, explicou a dirigente.A aluna Ellen Cristina Florentino participou da reunião. “Ficou acertado o transporte para os estudantes. Eles (da secretaria) vão disponibilizar ônibus para levar os alunos do Pereira até o Reinaldo”, avisa ela.
