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Ao participar, no sábado, 28, de evento em homenagem a Orlando Villas Bôas, no parque que leva seu nome, Noel e Orlando, filhos do indigenista falecido em 2002, reafirmaram o desejo de confiar o rico e histórico acervo da família à Prefeitura de São Paulo, empenhada na construção de um museu (no próprio parque localizado na divisa do Alto da Lapa com Vila Leopoldina) para receber documentos, filmes e peças que já foram, inclusive, alvo do interesse de países europeus. “Outros estados possuem um Memorial Indígena. São Paulo agora vai ter o seu”, afirmou Noel.
Em recente encontro com membros do Conselho Regional do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável da Sub Lapa (Cades Lapa), o chefe de gabinete da Secretaria do Verde e Meio Ambiente, Carlos Frotner, confirmou que o projeto do museu continua de pé, numa parceria da pasta com a Secretaria Municipal da Cultura.
Ao lado da mãe Marina, os dois filhos plantaram mudas de pau-brasil em frente ao prédio que, num primeiro momento, servirá de sede para o museu. “Simbolicamente, fincamos aqui raízes dos Villas Bôas”, disse Fernanda Cristina Luiz, gestora da área verde (ao lado da ex-usina de compostagem da Leopoldina), que até 2010 funcionava como sede administrativa da Sabesp na Zona Oeste. Sem esconder a alegria e emoção pelo significado da homenagem a Orlando Villas Bôas, a fundadora do Movimento Popular da Vila Leopoldina, Glaucia Prata, lembrou que o indigenista foi parceiro da comunidade. “Ainda guardo comigo a ata de uma reunião com a assinatura dele defendendo a desativação da usina de compostagem”.
Além do plantio de árvores, o evento contou com exposição de fotos mostrando o trabalho de Orlando e de Marina Villas Bôas na expedição Expedição Roncador-Xingu, que durante 20 anos desbravou o Brasil Central e deu assistência a cerca de 20 tribos. A ex-subprefeita da Lapa e pré-candidata do PPS à prefeitura de São Paulo, Soninha Francine também prestigiou a homenagem a Orlando Villas Bôas.
