Foto:
O Coordenador da Infância e Juventude do Tribunal de Justiça de São Paulo e professor de Direito nas Faculdades Integradas Rio Branco, o desembargador Antonio Carlos Malheiros, manteve, na terça-feira, 27, encontro com membros do Conselho Tutelar da Lapa, cuja sede fica no pátio da Subprefeitura. Em entrevista ao JG, Malheiros falou sobre Conselho Tutelar, disseminação do crack e moradores em situação de rua.
“Infância e juventude não é caso de polícia, nem de GCM, que devem ser chamados apenas em caso extremos”.
“O Conselho Tutelar é ponta de lança dos direitos humanos das crianças e adolescentes. Eles estão cada vez melhores e mais preparados e precisam de melhor remuneração”.
“A cracolândia não acabou. Ela terminou, por enquanto, na região da Rua Helvetia, Rua Dino Bueno e Largo Coração de Jesus. Varreram o lixo humano para debaixo do tapete da cidade. Lixo humano na visão dessa nossa grande sociedade votante, que está pouco se lixando para a população de rua, para os usuários de drogas. O que ela quer é a cidade limpa, porque gente feia na rua enfeia a cidade”
“Para enfrentar problemas assim, é preciso um trabalho em rede. Fiquei impressionado com que vi em Jaboticabal, onde todo mundo está integrado num só projeto em favor da infância e juventude. É um trabalho árduo do juiz que conta com a participação de todas as instituições: comércio, loja maçônica, centro espírita, católicos, Prefeitura. Se não trabalharmos em rede, por melhor que seja o trabalho de cada um, perde-se tempo. E precisamos trabalhar juntos com um Estado mais presente na vida gente. Um Estado que proporcione, com qualidade, educação, saúde, moradia e frentes de trabalhos que possam dignificar a pessoa”.
