Antes que os anos me findem e se Deus me der forças e boa inspiração e os meus leitores me continuarem fiéis, quero escrever algumas crônicas sobre o País em que nasci e vivi, o meu adorado Brasil! É uma pena que os meus dias de viver estão se reduzindo e cada vez valem mais e são melhores!
Creio, e dou testemunho com a minha própria vida, que nesses anos todos, este País se transformou num admirável novo mundo, “a brave new world”, de que Shakespeare falou por volta de 1.600.
Eu vi o meu Brasil deixar o ruralismo para o “citadismo”, sem abandonar a sua enorme riqueza dos campos.
Eu vi o país do café e do algodão fazer-se metalúrgico e industrial. Eu vi o meu Brasil passar das carroças para os automóveis e aviões! Eu vi o meu Brasil crescer de setenta para cento e noventa milhões de habitantes!
Eu vivi este País e ele foi repleto de bênçãos na minha vida!
Este País me deu as oportunidades de subir alguns patamares na sua pirâmide social: eu me fiz professor, porque havia sede e fome de saber; eu me fiz advogado, porque havia lutas e disputas em defesa de direitos e de justiça, apanágios dos povos que se organizam para crescer ordenadamente. E vi tantos outros nas suas vitórias!
O meu Brasil mudou para muito melhor.
Eu me ufano disso!
Eu me orgulho de ter nascido e vivido neste País abençoado: “Por ser de minha gente é que sou rico; por ser de minha Terra é que sou nobre!” (Olavo Bilac)