Desde a minha mais tenra idade fui ensinado dentro do pensamento positivo do fazer: eu tinha cinco anos e tinha aprendido a contar; então, comecei a escrever de um a mil; qualquer papel servia: papel de embrulho de pão, sacos de papel; minha mãe cortava o papel no tamanho certo com seu tesourão preto e lá ia eu a contar, por escrito, de 1 a mil, cada número separado do outro por um pequeno traço. Acho que levei muito tempo, mas eu fiz! E como fui elogiado. Mamãe mostrava o meu calhamaço para todo mundo. Era uma sensação! Ninguém fizera antes o que eu fiz, aos cinco anos. Acho que meus primos e amiguinhos diziam que escrever de um a mil não valia nada. Para mim, valeu: eu, uma criança que nem sabia ler, sabia contar, e por escrito, de um a mil. Ninguém me ajudou a escrever os números. Eu fiz sozinho. Desde então, fui visto como uma criança que precisava estudar! Naquele tempo, só filho de doutor podia ser doutor, porque filho de pedreiro tinha que ser pedreiro!
Com que esforço eu estudei: minha pobre mãe me pegava da mão e lá íamos em busca de empréstimo de livros de meninos adiantados de um ou dois anos de mim: certa vez, porque o empréstimo longo não era possível, eu copiei e livro todo.
Fiquei professor particular aos 15 anos e cheguei a ser professor de cerca de vinte mil alunos em cerca de trinta anos. Depois, só exerci Advocacia, que até hoje exerço, como Assessor de meus filhos.
Nós somos os autores do nosso destino: a mudança está em nossas mãos! (CX10)