No senso comum, é regra dizer que as coisas no Brasil só começam depois do Carnaval, a grande festa nacional. Mas além da regra, existem as exceções e elas estão presentes nesse início de 2012, pelo menos no que tange ao mundo da política na região da Subprefeitura da Lapa. Já se percebe claramente uma intensa movimentação de partidos e candidatos junto a setores da comunidade, algo que estava previsto apenas para ocorrer a partir de março
Esse ritmo completamente acelerado nos leva a antecipar o nosso projeto de cobertura da campanha eleitoral deste ano, com particular atenção à movimentação dos postulantes a uma das 55 cadeiras da Câmara Municipal de São Paulo. Já nessa primeira fase eleitoral, acompanharemos os pré-candidatos em suas visitas aos bairros e traremos detalhes das articulações político-partidárias. Seguiremos com nossa linha de receber os candidatos a vereador na sede de nossa redação, na Rua Catão, com a organização dos já tradicionais cafés da manhã. Os critérios para o convite a ser feito são os mesmos que utilizamos na eleição de 2008 (ver matéria na página 6), de modo a organizar adequadamente o diálogo entre imprensa e candidatos.
Iremos, de diversas maneiras, avaliar e rediscutir a atuação do G-8, o grupo de vereadores que eleição passada assumiu o compromisso de lutar pelas reivindicações comunitárias.
Quanto à eleição para prefeito da cidade, nosso esforço estará centrado em promover encontros (em local ainda a ser definido) com os principais candidatos, convidando para o debate empresários e lideranças comunitárias. Em tais encontros apresentaremos, de forma condensada, um quadro geral dos principais problemas da nossa região, procurando tirar dos candidatos compromissos concretos no tocante a soluções, principalmente em relação a problemas da infraestrutura urbana.
Estaremos atentos também ao desenrolar político do pleito majoritário, sobretudo nos bastidores da campanha, pois não há dúvida alguma de que o resultado das urnas indicando o nome do novo prefeito da maior cidade do Brasil irá influir diretamente na sucessão estadual em São Paulo e na eleição presidencial, ambas em 2014. Cada peça movimentada no tabulerio político paulistano será cuidadosamente estudada pelos grandes partidos (PDS, PMDB, PSDB e PT); legendas menores, hoje nas bases aliadas ou na oposição, já pensam em lançar candidaturas próprias projetando alianças futuras não só no segundo turno desta eleição, mas visando articulações para o cenário de 2014.
Por fim, e não menos importante, no contexto dos bairros da gente, a eleição a prefeito também é uma oportunidade para que se discuta o papel das subprefeituras, que, não podem mais ser tratadas como simples instâncias de zeladoria sem nenhuma ligação com o planejamento urbano regional.