Apesar do aumento nos níveis do Sistema Cantareira (que nesta sexta-feira chegou a 10%), o sinal vermelho do abastecimento de água na região segue aceso. Além de racionalizar o consumo da água, uma das opções que a população pode adotar é a captação da água das chuvas e armazenamento de cisternas ou minicisternas. A água captada é adequada para a rega de plantas, descarga, lavagem do quintal, da bicicleta, do carro e até lavar roupas (com tratamento simples com cloro). “Trabalhamos desde novembro com a instalação de cisternas, mas com o agravamento da crise, desde janeiro fazemos entre 2 e 3 instalações por dia”, explica Vinicius Pereira, instalador do Coletivo Permacultores Urbanos, responsável pela instalação de um sistema de cisternas na casa da moradora da Vila Romana, Mônica Borba.
Segundo Vinicius e Valdir Motta, do Permacultores Urbanos, o maior desafio é encontrar informação e pessoal capacitado para fazer o sistema em casas. “Busquei profissionais que fizessem este tipo de projeto e como não encontrei comecei a fazer e instalar eu e Valdir as cisternas”, afirma Vinicius. Um projeto simples, por exemplo, tem diversos detalhes importantes como filtro de folhas e reservatório temporário, que guarda a 1ª água da chuva (que vem mais suja), entre outros detalhes que garantem a eficácia do projeto. Para Mônica, a minicisterna é importante, pois garante o armazenamento de água para regar as plantas de seu quintal. “Dependendo da chuva e do telhado, é possível coletar até 200 litros de água por chuva”, finaliza Vinicius Pereira.