Uma área de aproximadamente 240 mil m², compreendida entre o Viaduto Pompeia, a avenida Marquês de São Vicente e a Rua Gustavo Borghoff, conhecida como Gleba Pompeia, está na mira da Prefeitura de São Paulo, que avalia formas de reurbanizá-la. Um dos instrumentos para transformação dessa área é a chamada Concessão Urbanística, pela qual a Prefeitura transfere a terceiros o direito de desapropriar mediante uma série de compensações urbanas, que vão desde melhorias na infraestrutura até a construção de equipamentos públicos.
De acordo com a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Urbano (SMDU), a área, que faz parte do chamado setor E da proposta de revisão da Operação Urbana Água Branca, “tem aproveitamento baixo e não há registro de moradias em seu interior”.
Diante desse quadro, assim que a Câmara Municipal aprovar a revisão da Operação Urbana Água Branca, a SP Urbanismo – uma das empresas públicas que surgiram após o desmembramento da Emurb – começará a trabalhar na adoção de um plano para Gleba Pompeia, que poderá lançar mão da Concessão Urbanística, igualmente sujeita ao crivo dos vereadores.
Na área da Gleba, no entanto, existem lotes que já são objeto de empreendimentos, como o terreno onde hoje está localizado um circo. Lá, uma garnde construtora pleneja erguer prédios.
Para a arquiteta Lucila Lacreta, representante da Região Macroeste no Conselho Municipal de Políticas Urbanas, a nova proposta para a Gleba Pompeia requer análise criteriosa. Pela Lei 9413 (parcelamento do Solo) empreendimentos em áreas com mais de 10 mil metros quadrados são aprovados mediante destinação de parte da gleba para construção de áreas verde, institucionais e viárias. “É importante saber como tudo isso se encaixa na proposta de Concessão Urbanística que a Prefeitura pretende apresentar”, afirma Lucila.