A Região Oeste, em particular alguns bairros da área da Sub Lapa (Vila Romana, Leopoldina, Jaguaré e Pompeia), tem passado por um vertiginoso processo de expansão vertical e de novos negócios, já retratado em várias oportunidades nas páginas deste jornal. O crescimento regional, como sempre dissemos, é bem-vindo, pois estimula a economia, gerando emprego e renda em diversos setores, sobretudo nos setores do comércio, prestação de serviços e lazer.
No entanto, é sempre bom repetir que essa onda expansionista traz consigo um grave problema: a falta de planejamento urbano por parte da Prefeitura Municipal de São Paulo, que não propõe, no plano regional, obras de infraestrutura capazes de dar conta do acentuado crescimento dos bairros da gente.
Qual burocrata de plantão na Secretaria de Obras ou mesmo na Sub Lapa pode garantir, por exemplo, que a rede de esgoto da Vila Leopoldina, planejada décadas atrás para atender demandas industriais, tem condições de suportar volumes cada vez maiores vindos das redes coletoras das novas e grandes torres residenciais erguidas no bairro e adjacências? A rede elétrica local está dimensionada para esse novo cenário?
Alguém na CET po-de dizer se a Avenida Francisco Matarazzo já chegou ou não ao seu limite de absorção do fluxo viário? Trata-se de uma pergunta que não pode ficar sem resposta quando sabemos que a Prefeitura planeja adensamentos na região da Operação Água Branca, que ainda deverá receber um novo Estádio Palestra Itália, com capacidade para 45 mil pessoas. Se a Francisco Matarazzo, como já é visível, não suporta aumento do fluxo viário, que obras são necessárias para evitar o temido colapso da Vila Pompeia? Vale lembrar que o esgotamento da Pompeia afeta a Lapa.
Os engenheiros de tráfego têm algo a comentar sobre o impacto da verticalização da Vila Romana em vias como a Clélia a e Faustolo, ligações diretas com a já saturada Pompeia? Até que ponto a Rua Aurélia suporta novas e intensas demandas de veículos que saem da Romana e da Lapa rumo á Rua Cerro Corá?
A Prefeitura nos deve respostas. Fica então uma sugestão: que o líder do governo Kassab, vereador José Police Neto, membro do G-8 e profundo conhecedor dos complexos mapas urbanos da cidade, organize nos bairros citados seminários que abordem essa problemática questão do crescimento regional.