Blitz mal conduzida destrói barracos

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Rafael mostra local onde morava na Leopoldina

Dezenas de barracos construídos ao longo da calçada da Rua Dr.Seidel (Leopoldina) foram destruídos pelo fogo na terça-feira, dia 24, tornando ainda mais crítica a situação de pelo menos 40 sem teto. O incêndio ocorreu durante uma operação da Subprefeitura da Lapa com apoio de retaguarda da Polícia Militar. “A ordem era para retirar da calçada objetos que impedissem a passagem”, explica o subprefeito Carlos Fernandes. “Houve reação violenta por parte dos moradores de rua e a consequente ação da Polícia Militar. Seguiu-se um incêndio que destruí os barracos”, acrescenta Fernandes. Segundo o subprefeito haverá rigorosa apuração dos fatos. “Garanto que não era uma operação desmonta barracos, até porque estamos dialogando com a Secretaria de Habitação em busca de uma solução para esse grave problema (moradores de rua)”.
A versão dos sem teto, que depois do incidente continuaram morando na rua, agora ao relento, é outra. Segundo um deles, por volta das 8h30 da terça-feira, um carro da PM passou avisando que o rapa (fiscais da subprefeitura) viria logo mais. “Pediram para que a gente tirasse nossas coisas (de dentro dos barracos), pois a Prefeitura iria derrubar tudo. Não acreditamos. Mas por volta das 9h30 chegou o caminhão da Prefeitura com a polícia escoltando. E começaram (fiscais) a desmontar os barracos. Como fomos nós que construímos o barraco com o nosso suor, nós mesmos resolvemos desmontar. Foi aí que um policial se revoltou, pegou o cassetete e começou a dar pancada. Ele não nos respeitou e a gente não respeitou ele. Virou uma guerra. Foi aí que começou o fogo em três barracos (que ainda estariam de pé). Os fiscais também foram violentos”, conta um dos sem teto. (veja reportagem no site www.daquitv.com.br)
Um outro morador de rua, Rafael, com vergões nas costas, preferiu levar a denúncia ao capitão Luis Fernando Guillon Pinto, comandante da 2ª Companhia da Polícia Militar. “Aconteceu uma reação e início de tumulto. Somente aí é que os policiais agiram, mas sem excessos”, disse Guillon.

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