Sem teto migram do Centro|para a Vila Leopoldina

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Rua Dr.Seidel expõe a dura face da exclusão

Com a Guarda Civil Metropolitana (GCM) inibindo a presença de moradores de rua na região central da cidade, muitos sem teto buscam refúgio na Vila Leopoldina. A reportagem do Jornal da Gente, ao percorrer vias próximas à Ceagesp, encontrou homens e mulheres que disseram ter chegado ao bairro recentemente, após terem sido retirados do Centro.
A constatação da reportagem é confirmada pela estrutura da Secretaria Municipal da Assistência Social, que já não consegue dar conta da situação em ruas como a Dr.Seidel. Não se trata de gente dormindo ao relento, mas sim de um conjunto de barracos improvisados ocupando calçadas e abrigando pessoas de todas as idades.
Tal quadro, asseguram experientes assistentes sociais do Município, requer uma ação integrada por parte da Prefeitura, com equipes de outras secretarias: Participação e Parceria, Saúde, Habitação e Trabalho. Na prática, porém, isso está longe de acontecer. Na Rua Dr. Seidel, a chegada em bloco dos sem teto é recente: começou em janeiro deste ano. Atualmente, existem cerca de 20 barracos, onde, estima-se, moram mais de 40 pessoas. “Eu estava no centro e agora fico por aqui catando lixo para levar para a reciclagem”, afirma uma delas. “Antes de vir para a rua eu morava no Alojamento Humaitá (conjunto de subhabitações desocupado pela Sub Lapa e Secretaria de Habitação em 2008)”, afirma outro sem teto. Ambos fazem um único pedido ao prefeito Gilberto Kassab: emprego. “Como é que podemos pagar uma moradia digna sem emprego?”, questiona um deles, com a concordância do outro.

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