Sem data definida para se tornar
realidade, a reurbanização da orla ferroviária da Zona Oeste projetada
pela Prefeitura mudará radicalmente o cenário da região com o
aterramento da linha de trem (que passaria a ser sistema metroviário) e
a construção de uma grande avenida até o Centro. Dessa forma, as
cicatrizes urbanas que dividem Lapa e Lapa Baixo deixariam de existir
abrindo espaço para o nascimento de um bairro revitalizado.
Essa é uma das diretrizes da Operação Urbana Lapa-Brás (O.U).,
apresentada publicamente na quinta-feira, 6, em evento que contou com a
presença do prefeito Gilberto Kassab e de boa parte de seu
secretariado.
Segundo o secretário de Desenvolvimento Urbano, Miguel Bucalem, o
aterramento da ferrovia torna viável a demolição do Elevado Costa e
Silva (Minhocão) e a transferência do Terminal de ônibus Barra Funda
para a Lapa. Pelo projeto, o Páteo Lapa da CPTM seria transformado no
novo terminal de ônibus intermunicipal com acesso fácil ao complexo
Anhanguera-Bandeirantes e à Rodovia Castello Branco. A área de
abrangência da O.U. Lapa-Brás foi dividida em oito setores. Quatro
deles estão na mancha urbana que vai da Lapa à Água Branca. Para cada
um serão desenvolvidos projetos que indicarão as novas feições dessas
áreas, baseadas no adensamento populacional, no equilíbrio mesclado de
usos e na aproximação entre trabalho e moradia.
A O.U Lapa-Brás, de acordo com Bucalém, está diretamente ligada à O.U
Água Branca. No futuro elas serão unificadas. “Ainda este ano, uma nova
proposta da Operação Urbana Água Branca será enviada à Câmara
Municipal”, assegura o secretário. A Sub Lapa, com 40,1 Km2 de área,
tem agora mais de 53% de seu território ligados às Operações Urbanas:
uma já existente (Água Branca); outra começa a ser discutida
(Lapa-Brás) e uma terceira em gestação (Leopoldina–Jaguaré). A mancha
de intervenção urbanística perfaz 21,4 Km2.