Baile cura depressão de idoso

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Casal Oscar e Francisca Carlota não perde uma tarde dançante do Tendal

Se não fosse a falta de energia elétrica
por volta das 17h, o público que lotou o Tendal da Lapa no domingo (14)
continuaria dançando na pista do teatro, até as 19h, no Baile Nostalgia
do Espaço Cultural da Rua Constança Detalhe: a maioria das pessoas
tinha idade acima de 70 anos.
Muitos chegaram de longe: Barueri, Santo Amaro e outros de bairros
vizinhos como Freguesia do Ó e Morro Grande. Entre solteiros, viúvos,
separados, namorados e casados, passaram pelo salão cerca de 300
pessoas. O oficineiro e professor de dança, Renato Galhardo, é o
responsável pelo projeto dançante. “O custo é zero. Tem estacionamento
e banda ao vivo, tudo de graça”, lembra ele.
O casal Oscar Furlanetto, de 83 anos, e Francisca Carlota de Jesus, 81
anos, do Morro Grande, já se tornaram símbolos dos domingos dançantes.
“O baile tira os velhos de dentro de casa e é sem dúvida a melhor
terapia e academia que existe”, afirma Francisca que não perde um
baile.
Páscoa Augusto tem 71 anos e conta que passou por depressão quando o
marido faleceu há dez anos. “Para ter uma idéia, eu tomava remédio para
a depressão, o baile me curou”, afirma Páscoa.
Para o casal do Parque da Lapa, Arani e Luiz Carlos Galdino (66 anos)
não existe coisa melhor que as tardes dançantes. O baile acontece todo
segundo domingo de cada mês, das 13h às 19h, na Rua Constança, 72,
esquina com Guaicurus. Telefone 3862-1837.

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