Apesar da taxa de desemprego de julho ser
a menor do ano (8,1%), os dados do IBGE mostram que os jovens de 18 a
24 anos estão entre os desempregados com maior dificuldade em conseguir
uma colocação no mercado de trabalho.
O problema foi agravado pela crise mundial e, sem tempo a perder, as
empresas dão preferência às pessoas com experiência, mas a qualificação
de mão-de-obra encurta o caminho dos jovens ao emprego.
Um bom exemplo é Daniel Gonçalves de Lucena que era um dos adolescentes
do programa oferecido pelo Centro Profissionalizante Rio Branco,
entidade mantida pela Fundação de Rotarianos de São Paulo. Ele
frequentou os seis meses do curso voltado para preparação de jovens
baixa renda (de 14 a 17 anos), que segue as diretrizes da Lei do
Aprendiz. Daniel teve noções administrativas, de atendimento,
informática, reforço de português, matemática e habilidades para a
vida, antes de se tornar um dos aprendizes de uma distribuidora de
peças do Jaguaré, a Odapel. “Temos algumas empresas parceiras, como a
Odapel, que contratam os jovens. Eles fazem as atividades práticas na
empresa e a teórica na entidade. O contrato é de dois anos ou até
completar 17 anos e 11 meses ou terminar o ensino médio”, explica a
Assistente Técnica do Cepro, Fátima Pina.
Aos 18 anos, cursando o Ensino Médio, a meta de Daniel é entrar na
faculdade de Administração. “Foi uma oportunidade única, agora tenho os
benefícios da empresa”, diz orgulhoso o jovem que conquistou o primeiro
registro em carteira depois de trabalhar dois anos como aprendiz na
empresa.
Para o gerente de RH da Odapel, Joilson Pereira de Oliveira, a vantagem
é que eles chegam com qualificação para o trabalho. Além de Daniel, a
distribuidora contratou outro aprendiz do Cepro Lapa, Guilherme Dantas.
O programa funciona nas Faculdades Rio Branco na Lapa de Baixo (Avenida
José Maria de Faria, 111) e no Campus Granja Vianna, em Cotia. Outras
informações pelo site (www.cepro.org.br) ou telefone 4613-8488.