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Passava da meia-noite (madrugada da
terça-feira, 30) quando 14 homens fortemente armados renderam o vigia e
alguns moradores de um edifício de classe média na Rua Carlos Weber, na
Vila Leopoldina. Durante as duas horas que permaneceram no condomínio,
a quadrilha roubou dois apartamentos dos reféns rendidos na garagem e
ainda conseguiu entrar num terceiro após ter pego a chave na portaria
do edifício. “Os bandidos estavam fortemente armados (fuzis e pistolas)
e conseguiram levar o computador que registra as imagens das câmeras de
segurança”, conta uma das vítimas.
Para o delegado do 91º Distrito Policial, Vitor Oñoro Martinez, o caso
é grave, mas não surpreende. “A Leopoldina está nas manchetes da mídia
como um bairro que cresce com empreendimentos nobres. E, como sabemos,
o que atrai a bandidagem é justamente o patrimônio”, afirma o delegado.
Sem imagens das câmeras de segurança, o trabalho de identificação dos
criminosos fica mais difícil. “O ideal é que os condomínios passem a
adotar o monitoramento remoto, com o envio, em tempo real, das imagens
para a central de segurança contratada”, alerta Martinez.
O comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, coronel Cláudio Longo,
garante que está atento à mudança radical no perfil de bairros como
Vila Leopoldina, Vila Romana e Jaguaré. “A população pode estar certa
de que não poupamos esforços no combate ao crime. Diariamente fazemos
tudo o que está ao nosso alcance”, diz Longo, evitando comentários
sobre a quantidade de homens e viaturas que a Secretaria de Segurança
Pública coloca sob o seu comando na região.
