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“Erguer muros ou barreiras aos sem-teto
é, sem dúvida, a pior política para resolver o problema. Os sem-teto
precisam de políticas públicas de amparo e reintegração social, que
possam emancipá-los da condição de sem-teto. A política higienista
aplicada pela atual gestão tem apenas ampliado o problema e o número de
moradores de rua”. Essa é a opinião do vereador Donato (PT) após
analisar a realidade de bairros como a Lapa e Leopoldina e os números
dos orçamentos da Subprefeitura da Lapa de 2008 e previsão orçamentária
para 2009.
No exercício 2008, a Sub Lapa recebeu R$ 134 mil para aplicar na área
social. Porém, até o final de outubro havia gasto nesse setor R$
71.717, ou seja empenhou na Assistência Social, ao longo de 10 meses,
pouco mais que a metade (53,4%) do que tinha em mãos para esse fim. “A
baixa execução orçamentária reflete a falta de prioridade para a área
social. A execução compatível com esta época do ano seria de pelo menos
80% ”, afirma Donato.
Quem também critica a atual gestão da Sub Lapa é o ex-subprefeito
Adaucto Durigan, membro do diretório zonal Lapa do PT.
“Existem recursos, porém não existe vontade e orientação política para
elaboração e implantação de políticas públicas de inclusão social na
região. Muito pelo contrário, vide a recente concretagem dos baixos do
viaduto Mofarrej, na Leopoldina, e a sistemática repressão a moradores
de rua no entorno da Ceagesp ou do Viaduto da Lapa”, afirma Durigan.
