Violência na Vila Hamburguesa

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Ação da PM: no corre-corre fica difícil saber quem é vítima e quem é bandido

Desta vez, mesmo depois de
literalmente terem sido arrombadas as portas do comércio da Vila
Hamburguesa, esqueceram-se de passar a tranca. A violência registrada
nas últimas semanas e retratada pelo JG na edição do sábado, 8, voltou
a se repetir nas ruas do bairro. Na terça-feira, 11, bandidos
assaltaram em plena luz do dia dois estabelecimentos comercias em ruas
movimentadas da Hamburguesa (Schilling e Carlos Weber), corredores que
dão acesso às duas bases operacionais da PM na City Lapa (4º Batalhão e
2ª Companhia). Na mesma terça, à noite por volta das 20h, a Carlos
Weber foi palco de um seqüestro relâmpago. Três bandidos renderam um
homem e uma mulher que, no entanto, conseguiram fugir, correndo para
dentro de um prédio, onde foram alvos de tiros. A PM agiu e prendeu um
dos marginas. Os outros dois fugiram.
Na quarta, um furto de veículo por pouco não terminou em tragédia, com
proprietário e bandidos travando luta corporal em plena Carlos Weber
altura do Sesi. A polícia estava por perto e conseguiu prender um dos
dois assaltantes.
Durante a semana, o proprietário de uma choperia vítima da violência de
bandidos, esclareceu que o fechamento (temporário) da casa não teve
relação direta com a onda de criminalidade na região, tanto é que
reabrirá em breve.   
Foi com esse clima de medo e tensão que comerciantes e moradores se
reuniram numa plenária extraordinária do Conselho Comunitário de
Segurança da Vila Leopoldina (Conseg) na quinta-feira, 13.
O comandante do 4º Batalhão da Polícia Militar, Cláudio Longo, e seus
subordinados garantiram que providências operacionais (bloqueios de
locais estratégicos e intensificação de rondas, por exemplo) estão
sendo adotadas de imediato na Vila Hamburguesa e Vila Leopoldina.
O delegado do 91º DP, Manuel Adamuz Neto, não compareceu à reunião do
Conseg, pois houve problemas de comunicação por e-mail entre o Conseg e
a delegacia. “Se o morador ou o comerciante tiver problemas para
registrar um B.O, peço que me procurem imediatamente, pois somente a
partir desse registro podemos iniciar uma investigação”, disse Adamuz
ao JG.

Mobilização

No final do encontro, empresários da região trocavam idéias e acertavam
detalhes de uma reunião para formalizar um grupo de trabalho que lute,
de forma organizada, pelos interesses do comércio da Hamburguesa e
Leopoldina, duas âncoras do crescimento da região.   
A Distrital Lapa da Associação Comercial de São Paulo (ACSP-Lapa), que
no dia 18 de novembro presta homenagem às forças policiais com a
entrega do troféu Marco da Paz, não vê contradições nesta ação festiva
no exato instante em que os comerciantes da Hamburguesa questionam a
política oficial de segurança pública. “Vamos apenas reconhecer atos de
heroísmo”, afirma o superintendente da ACSP-Lapa, Lys dos Santos. “A
Distrital sempre defendeu o comércio local, tanto é que realizamos na
nossa sede reuniões a respeito da questão da segurança. Falta união.
Quanto mais nos distanciamos, mais frágeis ficamos. Não adianta
realizar reuniões isoladas. É preciso um grande encontro para discutir
o assunto”, acrescenta o superintendente.

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