Contradições marcam o atual estágio do
projeto de criação do Parque Orlando Villas Bôas, na Vila Leopoldina,
numa área municipal envolvendo a ex-usina de compostagem e o terreno
(estadual desapropriado pela Prefeitura) que, atualmente, abriga a sede
regional da Sabesp.
Enquanto na CPI dos Danos Ambientais, vereadores do PSDB, PMDB e PTB,
todos da base governista, começam a deixar claro que irão se posicionar
contra a realização de obras na ex-usina, a não ser que seja executado
no local processo complexo de descontaminação do solo, a preocupação no
governo estadual é outra: garantir até dezembro a liberação para uso de
uma pequena parte do Parque Orlando Villas Bôas (terreno da Sabesp). “É
o que aconteceu quando foi inaugurado o Parque Villa-Lobos. Uma parte
acabou sendo liberada enquanto a outra passava por obras”, explicou a
assessora do governo do Estado de São Paulo, Stela Goldenstein, que,
acompanhada do vereador Gilberto Natalini (PSDB), participou, na
quinta-feira, 12, de um encontro sobre o assunto na sede da Distrital
Lapa da Associação Comercial de São Paulo.
Segundo a assessora, por conta da inauguração parcial, banheiros químicos serão instalados no local.
Na área da ex-usina de compostagem, contaminada por chumbo e outros
metais pesados, Stela Goldenstein e a Secretaria Municipal do Verde e
Meio Ambiente sustentam o posicionamento da Cetesb em Audiência
Pública. “O terreno será coberto com meio metro de terra limpa”, afirma
Stela.
Já os vereadores da CPI defendem outra solução: remoção da terra
contaminada até o nível de segurança adequado para o uso público.