Cerca de 80 manifestantes pararam novamente o trânsito da Lapa na noite de quinta-feira, 25, pedindo justiça no caso da morte do vendedor ambulante Carlos Augusto Muniz Braga, 30 anos, ocorrido na quinta-feira, 18, na Rua Doze de Outubro (esquina com a Dronsfield). Cantando palavras de ação e pedindo a dissolução da Polícia Militar, os manifestantes se concentraram na Praça Professor José Azevedo Antunes, no fim da Doze de Outubro, e foram em direção a Subprefeitura Lapa pelas ruas Clélia, Espartaco, e em seguida voltaram ao local do incidente, pela Guaicurus e Cincinato Pomponet. Na Rua Doze de Outubro, os manifestantes acenderam velas no local em que Carlos foi atingido, e voltaram para a praça. Parte da revolta desta nova manifestação (houve uma na tarde de sábado, 20), se deve à libertação do soldado da PM Henrique Dias Bueno de Araújo, 31 anos, preso em flagrante na noite de quinta-feira (18) por ser o autor do disparo que matou o ambulante. Ele foi solto na tarde de segunda-feira (22) após uma decisão da Justiça que revogou sua prisão. A revogação da prisão preventiva de Araújo foi determinada pela juíza Eliana Cassales Tosi de Mello, da 5ª Vara do Júri. Para a juíza, o soldado tem residência fixa na capital e ocupação e não tem maus antecedentes, podendo responder ao crime em liberdade. No entanto, Araújo não poderá deixar a cidade sem comunicar o fato à Justiça.Carlos Augusto Muniz Braga era vendedor de CDs e DVDs pirateados há dez anos e, segundo a PM, tinha diversas passagens por desobediência e desacato e por agressão. Já o soldado Henrique Araújo é investigado por morte de civis durante uma abordagem policial. Em março deste ano, ele respondeu pela morte de um morador de rua, na Vila Leopoldina.
Mais recentes
Mais acessados
Opinião
- Publicidade -