Vereador discute planejamento urbano

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“Ao contrário do que acontecia no passado recente, hoje não faltam ferramentas de gestão, sobretudo no campo da tecnologia, capazes de orientar o poder público e a sociedade civil na construção de modelos de planejamento urbano efetivamente cidadãos”. A afirmação é do vereador Netinho (PSDB) que na terça-feira, dia 27, visitou o Colégio Módulo, na Lapa. Líder do governo Kassab na Câmara, Netinho conduziu palestra na qual mostrou em detalhes uma das interfaces digitais disponíveis na Internet quando o assunto é, por exemplo, a discussão do orçamento municipal.
O ponto de partida da explanação foi o site Sistema de Diagnóstico da Situação da Criança e do Adolescente na Cidade de São Paulo (www. criancaeadolescente.com.br), elaborado pelo Instituto Lidas a pedido do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente (CMDCA-SP). “Na seção ‘diagnóstico’, o site da ONG nos permite, a partir do cep de uma rua, ter acesso a inúmeros indicadores sócio-econômicos regionais capazes de balizar o planejamento de um distrito bairro, ou mesmo partes distritais específicas da cidade de São Paulo”, explica Netinho.
De fato, esse sistema digital aberto para toda a sociedade sem necessidade de cadastro ou uso de senhas, fornece indicadores precisos (muitos com base de atualização no ano de 2006), no que diz respeito, por exemplo a índices de vulnerabilidade social. “A avaliação da exposição das crianças a situações de risco é feita a partir do diagnóstico de muitas variáveis, que acabam mostrando o perfil da região estudada”, afirma Netinho. “É possível ter em mãos o número de equipamentos sociais (escolas, creches, hospitais, UBS) existentes naquela área da cidade. Também dá para mensurar o universo de empresas e empregos, a pirâmide de faixa etária da população em geral, o número e tipo de residências, a abrangência de áreas faveladas, entre outras coisas”, acrescenta o vereador.
Dessa forma, segundo ele, o planejamento urbano tem plenas condições de ser verdadeiramente participativo.“Saímos da fase do puro ‘achismo’, onde o cidadão se aventurava apenas a dar palpites, para ingressar numa era na qual é possível colocar em discussões importantes demandas sociais a partir de dados concretos que, de fato, as sustente e justifique”, avalia Netinho, que promete usar essa plataforma na elaboração de um projeto de Plano de Bairro (instrumento previsto no Plano Diretor) para a Vila Leopoldina.

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