Guardião da memória

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Todo jornalista que se preze carrega consigo uma agenda com nome e telefone das suas principais fontes, subsídio básico para o desenvolvimento de artigos e reportagens. Na redação do JG, assim como acontece em outros órgãos de imprensa, os jornalistas compartilham de fontes comuns e preservam outras exclusivas.
Uma das tantas fontes compartilhadas é um lapeano da “velha-guarda” e primordial referência quando o assunto é a redescoberta da memória dos bairros da região. Estamos falando do amigo Décio Ferreira. A ele, mais uma vez, tivemos de recorrer para trazer a vocês, fiéis e novos leitores, um pedaço da história da Lapa, literalmente cravada numa parede do centro comercial, na esquina da Rua Doze de Outubro com a Rua Cincinato Pomponet.
Disposta a escrever sobre esse assunto, a repórter Maria Isabel Coelho ligou para Décio Ferreira, que, gentilmente, aceitou acompanhá-la até o coração do centro comercial para falar de uma peça postal de 1910 fixada na referida esquina.
Caminhando pela região, Décio contou para a repórter outras deliciosas histórias da Lapa de outrora. Histórias de um tempo que ele guarda na memória e no coração, transformando cada episódio numa chama que quer se manter acessa e brilhar eternamente entre as gerações futuras.
Felizes são todos aqueles que, a exemplo de Maria Isabel, têm a oportunidade de ouvir histórias e “causos” contados por Décio Ferreira, um amigo de todas as horas, símbolo desse sentimento chamado “lapeanidade”, que ele sempre faz questão de compartilhar com outros ilustres membros da “velha-guarda” da região: Barros Lima, Rivetti, Boneli, entre outros.
Felizes aqueles que ao ouvir os relatos de Décio Ferreira conseguem construir uma firme ponte entre o passado e o presente, realizando, assim, segura travessia para o amanhã, sustentada em valores éticos e morais -como o civismo, o sentido da fraternidade e da amizade – todos vividos e compartilhados, intensamente, num ambiente que para ele se torna razão de ser: o palco chamado comunidade.
Quanto vale um dedo de prosa com esse amigo? Quem já proseou, sabe que isso não tem preço. A “lapeanidade” que Décio carrega consigo nos sensibiliza, contagia e nos incentiva a sermos, cotidianamente, cidadãos dos bairros da gente, cuja história ele nos convida a resgatar e preservar.

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