Sub silencia, mas secretário explica

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Comunidade não sabe qual é a visão social de Rosângela

Apesar de ter uma entrevista agendada com JG, algo confirmado pela assessoria de imprensa da Subprefeitura da Lapa, a coordenadora de Assistência Social e Desenvolvimento, Rosângela Zanetti alegou estar muito ocupada para falar sobre a 7 ª Conferência Municipal de Assistência Social e do perfil (incluindo conquistas e desafios) de sua coordenaria à reportagem, antes do início dos trabalhos do evento, na quarta-feira, 25, no Anhembi.
Ao contrário da coordenadora, o secretário municipal de Assistência e Desenvolvimento Social, Floriano Pesaro, fez questão de falar sobre a importância da conferência e dos problemas que atingem a região da Lapa e principalmente das dificuldades encontradas pelo órgão com questões como a dos moradores em situação de rua na Vila Leopol-dina. “A Supervisão de Assistência Social da Subprefeitura (da Lapa) tem a vigilância territo-rial. A responsabilidade deles (supervisão da Sub-Lapa) é localizar os espaços onde há concentração (de moradores de rua), fazer o trabalho de abordagem e encaminhar essa população de rua aos albergues”, relatou o secretário. Pesaro disse que uma das dificuldades é o número de equipamentos para acolhimento. “Precisamos ter mais albergues, mas, em geral, os moradores dos vários bairros resistem a ter um equipamento na área de assistência social próximo de suas casas. Eles rechaçam e fazem abaixo-assinado. A vizinhança não entende que o cidadão está na rua e que o governo quer fazer um trabalho com ele. Todo mundo quer que faça, mas não quer perto de sua casa. Aí fica difícil”, comentou Pesaro.

Faltam albegues

Segundo o secretário, a população de rua cresce em todo o mundo. “Na cidade de São Paulo surgem 1.000 novos moradores de rua por ano. Hoje temos uma rede de albergues com oito mil pessoas albergadas e quatro mil que ainda moram nas ruas. Eu não vejo como solucionar o problema da questão do morador de rua sem equacionar diversas outras políticas como educação, saúde, principalmente de saúde mental, e desenvolvimento econômico. Grande parte dessa população vai para as ruas por desestruturação familiar. São pessoas que perderam seus vínculos e referência. Mas nunca houve uma ação tão articulada para tirar as pessoas das ruas como agora”, declarou ele, referindo-se ao programa São Paulo Protege.
Pesaro alerta que quem dá esmolas contribui para a permanencia dessas pessoa na rua. O telefone do Centro de Atendimento Permanente de Emergência, para solicitação de agentes para acolhimento da população de rua é 3228-5554 e 3228-2092.

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