Cerro Corá tinha poucas casas e era tranqüila

0
738

Maria Isabel Coelho

Conhecida anteriormente como Estradão, a Rua Cerro Corá, entre a Heitor Penteado até a atual Queiroz Filho, foi criada pelo ato 139, de 11 de abril de 1931. Naquela época, a via era calma, tinha poucas casas e muitos terrenos baldios.
Quando o Oratório Anjo da Guarda começou a ser construído, a partir de 1946, em um terreno da Companhia City, a rua ainda era um descampado com vista para outras regiões da cidade.
Um dos referenciais da Cerro Corá é a Paróquia São João Bosco, localizada no cruzamento da Pio XI. Criada pelo então Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Agnello Rossi, a paróquia era uma simples capela em 1965.
Dez anos depois, a nova igreja, construída com a ajuda da comunidade, teve sua primeira missa celebrada, sendo inaugurada oficialmente pelo padre Essetino Andreazza, no final de agosto de 1977. Desde então, a Dom Bosco desenvolve um amplo trabalho social, especialmente dirigido às crianças e aos adolescentes carentes com creches e cursos profissionalizantes do Centro Juvenil Salesiano Dom Bosco.
Secretária da paróquia e moradora há 27 anos da Cerro Corá, Vanda Carreira é testemunha ocular do desenvolvimento no local. “Era uma delícia morar na Cerro Corá, a rua era residencial e o povo cuidava dos seus imóveis. As calçadas eram muito bem cuidadas. Quando cheguei, a rua já tinha asfalto e iluminação, mas ainda não havia linha de ônibus”, relata a moradora.
De acordo com ela, era um período que os moradores se preocupavam uns com os outros. “Se a gente deixasse de passar pela rua por três dias seguidos, o pessoal ficava preocupado e vinha em casa ou telefonava para saber o que tinha acontecido”, relembra Vanda Carreira.

SEM COMENTÁRIOS

DEIXE UMA RESPOSTA