Lei poderá preservar Vila Romana

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EDUARDO FIORA

A luta de setores da comunidade lapeana em busca de uma melhor qualidade de vida no bairro chega agora à Câmara Municipal. Depois de dialogar com representantes do Movimento de Oposição à Verticalização Desenfreada e Preservação do Patrimônio Histórico da Lapa (Mover), o vereador Juscelino Gadelha (PSDB) promete apresentar Projeto de Lei visando ao enqua- dramento da Vila Romana como Zona Especial de Proteção Cultural (ZEPEC). “Não somos contra a indústria da construção, mas o crescimento vertical na Lapa tomou dimensões assustadoras que precisam de um freio”, argumenta a geóloga Ros Mari Zenha, integrante do Mover. “Assim, fomos buscar no Legislativo um apoio para revertermos o processo de verticalização”, acrescentou Ros Mari no encontro promovido pelo Mover no dia 3, com a presença do vereador Juscelino.
O conceito de ZEPEC expresso no Plano Diretor da cidade é bastante claro e objetivo. “são aquelas destinadas à preservação, recuperação e manutenção do patrimônio histórico, artístico e arqueológico, podendo se configurar como sítios, edifícios ou conjuntos urbanos”. A preservação, recuperação e manutenção de elementos urbanísticos de valor histórico e cultural, segundo o disposto em lei, têm como referência a manutenção da morfologia inserida no tecido urbano e da – da identidade do bairro a partir de unidades urbanísticas socialmente apreendidas.
Para o vereador, a história e contribuição da Lapa no desenvolvimento da cidade merecem ser preservadas.” Recebi o Mover para verificar o que seria possível fazer em termo de Projeto de Lei. Enxuguei a proposta inicial, pois não dá para trabalhar no plano das utopias”, afirma Juscelino.
Mesmo assim, ainda é extensa a relação de ruas da Vila Romana e entorno que seriam enquadradas como ZPEC. Ao todo são mais de 30, entre elas, Camilo, Tito, Fábia, Catão e Marco Aurélio.Essa abrangência foi considerada genérica demais pelo arquiteto Paulo Bastos, ex-presidente do Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico e Artístico ( Condephat). “É preciso tomar cuidado ao propor o enquadramento de uma área tão ampla assim na categoria de ZPEC”, avalia.

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