RENATA DE GRANDE
Na reunião do Conselho Comunitário de Segurança da Lapa (Conseg), realizada na segunda-feira, 31 de outubro, no Espaço Cultural Tendal da Lapa, duas ausências deixaram a comunidade indignada: tanto a Subprefeitura quanto a Companhia de Engenharia de Tráfego não enviaram representantes para participar desse importante fórum de discussão. O mesmo ocorreu com a SPtrans.
A explicação pelas ausências dada pela presidente do Conseg lapeano Maria Sanches Vargas, foram as “falhas de comunicação”. No entanto, ela mesma acabou reconhecendo a falta de compromisso dos representantes públicos, pois a reunião foi divulgada, como mostra a nota informativa publicada na edição de sábado, 29, do Jornal da Gente.
Depois de mais de uma hora de cumprimentos entre os participantes da mesa e espaço para recados, o que deixou vários moradores impacientes a reunião foi aberta à participação da comunidade, que pôde questionar e encaminhar solicitações às Polícias Civil e Militar.
Muitas queixas diziam respeito a furtos de veículos na Vila Romana, como nas Ruas Marcelina, Baltazar Gonçalves, Aurélia, Fábia, entre outras. Também houve quem reclamasse da falta de podas das árvores, deixando as ruas escuras e inseguras.
De acordo com o comandante do 4ºBatalhão de Polícia Militar Metropolitana (4ºBPM/M), tenente-coronel Rinaldo de Albuquerque Pereira, o aumento de furtos de automóveis na Lapa se deve à migração de assaltantes de regiões vizinhas como o bairro da Pompéia. “Vamos intensificar o policiamento nestas ruas. Porém, é imprescindível a colaboração da comunidade. Quando passar por algum incidente desta natureza, o morador deve seguir imediatamente até a delegacia para registrar o Boletim de Ocorrência (BO)”, enfatizou o comandante.
As queixas em relação aos serviços prestados pela Subprefeitura da Lapa foram muitas. A Comissão dos Moradores das ruas Carapuruí, Piraí, Araçatuba e Suassuí espera há meses por uma conversão à esquerda na Rua Pio XI; a coordenadora da Feira de Artes e Artesanato da Praça Cornélia, Luka Brasil, “contestando a arbitrariedade de uma única pessoa que reclamou dos eventos que ocorrem no local”, apresentou um abaixo-assinado com várias assinaturas de moradores aprovando a realização da feira.
Outro ponto levantado na reunião foi o fechamento do Espaço Cultural Tendal da Lapa, que provavelmente dará lugar a uma nova unidade do Poupatempo. Paulo Cauí, ex-coordenador do Espaço Tendal, pediu para que todos entrem na luta contra o encerramento das atividades culturais do local. “Como é possível fechar um equipamento em plena atividade? Ainda mais uma casa de cultura. Precisamos, sim, de um Poupatempo, mas não é cabível que se encerre um espaço tão produtivo como o Tendal da Lapa. Segundo ele, existem diversos terrenos ociosos na Barra Funda, que poderiam abrigar o Poupatempo.