Eduardo Fiora
A cena se repete e confirma uma nítida tendência, que pode ser verificada em alguns bairros da Zona Oeste: o Conselho Comunitário de Segurança (Conseg) tornou-se um fórum de discussão pautado, principalmente, por assuntos como saúde, assistência social, cultura, fiscalização de casas noturnas, entre outras demandas.
A exemplo da comunidade da Leopoldina, os moradores da Lapa ao reunirem-se com a diretoria do seu próprio Conseg, na quarta-feira, 26, abriram importantes debates em torno de questões que iam além ou caminhavam correlatas à temática da segurança, em si. Assim, o canal preferencial para o encaminhamento das demandas não foi nem a Polícia Civil ou Militar, nem mesmo a Guarda Civil Metropolitana, mas sim, a própria subprefeitura, representada na ocasião pelo subprefeito Paulo Magalhães Bressan.
Houve quem reclamasse de não poder passar um fim de semana tranqüilo dentro da própria casa, dado ao barulho ocasionado por eventos na Praça Cornélia ou por uma casa noturna na Rua Guaicurus. “Vamos retomar o diálogo em relação à movimentação da praça, afinal, os moradores do entorno têm o direito ao sossego”, afirmou Bressan. Quanto à casa noturna, o subprefeito explicou que ela funciona com base num mandado de segurança, fruto da lei que anistiou vários imóveis que estavam em situação irregular. “Estamos atento a esse problema. E assim que, juridicamente, pudermos atuar, vamos acionar a nossa fiscalização”.
No tocante à cultura e ao lazer, Bressan recebeu queixas em relação à falta de um coordenador no Clube da Cidade Edson Arantes do Nascimento (Pelezão) e à possível desativação do Espaço Cultural Tendal, que funciona no complexo da Rua Guaicurus, 1000, onde também está instalada a sede da subprefeitura. “Não há previsão para a nomeação de um novo coordenador para o Pelezão, que continua funcionando normalmente”, disse o subprefeito, que reconheceu, no entanto, problemas de infra-estrutura no clube.
A próxima reunião do Conseg Lapa será realizada no dia 31 de outubro, às 19h30, no Tendal da Lapa.
