Agora é uma questão política. Esta é a opinião dada pelo secretário adjunto, Marcio Antonio Bueno, da Secretaria da Justiça e de Defesa da Cidadania, numa audiência realizada na última terça-feira, 27 de setembro, com relação à construção da unidade da Fundação do Bem-estar do Menor (Febem), na Vila Leopoldina. O encontro reuniu presidentes e lideranças de várias entidades, como Gláucia Mendonça Prata, do Movimento Popular de Vila Leopoldina; Roberto Rolnik, da Associação de Amigos e Moradores pela Preservação do Alto da Lapa e Bela Aliança (Assampalba); Luiza Nagib Eluf, Procuradora Geral da Justiça do Estado e moradora do bairro; José Benedito Morelli (Bonelli), da Consab’s e Ulisses Crepaldi,presidente do Conseg da Vila Leopoldina, além do vice-presidente da Febem, Mansueto Henrique Lunardi. Toda a comunidade está engajada na luta para impedir a chegada da Febem ao bairro.
Durante a reunião, foram entregues para o secretário Bueno um oficio e um abaixo-assinado com mais 5 mil assinaturas protestando contra a decisão do governo Alckmin.
De acordo com Lunardi, a Febem, fundada em 1902, vem se desgastando e já não é sustentável um modelo de concentração. Segundo ele, nos últimos 5 anos o número de internos dobrou. “As obras para a construção já estão aprovadas e licitadas. O terreno escolhido fica ao lado do Cadeião, onde funcionava a Escola de Samba Unidos do Peruche”, afirmou o dirigente da Febem. Segundo ele, dentro de 120 dias, se não houver nenhum embargue, o prédio já poderá receber os menores infratores.
Como representante da Secretaria de Justiça, Márcio Bueno se comprometeu a levar o pedido da comunidade pessoalmente ao governador Alckmin. “Só uma decisão política mudaria essa situação, pois tecnicamente já está tudo definido” afirmou.
Na próxima quarta-feira , 5 de outubro, das 9h às 12h, a Comissão Dos Direitos da Criança e do Adolescente da Câmara Municipal colocará em discussão excluisvamente a unidade da Febem na Vila Leopoldina. A reunião é aberta a toda a comunidade. A Câmara fica no Viaduto Jacareí, 100, 1ºsubsolo.
Quem quiser aderir às manifestações entre em contato com o Movimento Popular da Vila Leopoldina pelo telefone 3834-2232.