Eduardo Fiora
Começa a surtir efeito, sobretudo na Zona Oeste, o recente decreto assinado pelo prefeito José Serra depois das denuncias levantadas pela Rádio Bandeirantes em relação à existência de propinas na fiscalização de placas colocadas irregularmente nas ruas de São Paulo, anunciando, sobretudo, empreendimentos imobiliários.
Com a proibição de tal prática de marketing, diminuiu, sensivelmente, o número de cavaletes espalhados pela Lapa, Leopoldina e Jaguaré. Segundo a Subprefeitura, a fiscalização apreendeu no último sábado, 18 de setembro, material de divulgação de 11 empresas que anunciavam irregularmente seus imóveis. Cada uma recebeu multa no valor de R$ 1 mil. Além disso, foram recolhidas outras cinco placas de empresas e vários panfletos irregulares. Os infratores também foram multados.
Só foi permitida a exposição de placas autorizadas antes da publicação do decreto no Diário Oficial.
Com essa decisão, os cofres públicos irão deixar de captar cerca de 20 milhões, o que, segundo o prefeito José Serra, poderá ser compensado com esforços de arrecadação em outras áreas da gestão municipal. “Acho que proibir é a melhor maneira, porque esta é uma cidade muito difícil de fiscalizar”, afirma Serra.
Neste final de semana a equipe de fiscalização da Subprefeitura da Lapa continuará circulando pelos distritos e promete apreender todo e qualquer material que não estiver amparado pela lei.
O Secovi-SP – (sindicato do setor imobiliário) defende que os cavaletes são uma ferramenta importante para o setor. A entidade estima que 52% de todas as visitas nos estandes de vendas são feitas devido aos anúncios veiculados em placas.
Segundo a prefeitura, mais de 1.350 outdoors ilegais já foram retirados das ruas da cidade desde o início do ano. Outras 156.111 peças publicitárias, entre faixas, placas e banners também foram recolhidas. “Não podemos permitir algo que prejudique o espaço coletivo na cidade”, afirma José Serra, que promete uma solução adequada para a divulgação de anúncios em placas já no início de outubro.
