Especulações da administração

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JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER

A Subprefeitura da Lapa está sendo alvo de várias negociações políticas – tudo que a comunidade não queria. O roteiro a seguir vai mostrar um pouco do que está sendo este início de administração tucana na região.
O ex-subprefeito interino, Armando Fuim Júnior, que ficou no cargo por 11 dias, dialogou com as lideranças do bairro, revelando que por estar temporariamente como subprefeito não poderia se comprometer com novas reivindicações, mas apoiava a iniciativa dos membros da comunidade em querer administrar a Subprefeitura da Lapa conjuntamente com o administrador indicado pelo prefeito José Serra.
Na manhã de sexta-feira passada, dia 14 de janeiro, foi nomeado como subprefeito, o engenheiro de carreira Amândio Martins. Na tarde do mesmo dia, o Diário Oficial do Município publicou uma errata que sairá na sua próxima edição que Martins foi designado – e não nomeado subprefeito. Ou seja, o novo subprefeito, na verdade, é também interino.
Até a metade da semana que vem, segundo conversas de bastidores, haverá a escolha do homem que comandará em definitivo a Subprefeitura da Lapa. Estava sendo cogitado o nome de Nelson Aparecido Botton, ligado ao vereador José Anibal (PSDB). Entretanto, outro vereador tucano, Roberto Tripoli, teria condicionado como chefe de Gabinete, um de seus cabos eleitorais, o que teria desagradado Anibal.
A controvérsia teria resultado num outro nome. Há rumores de que João Francisco São Pedro poderá ser o novo subprefeito por ser do quadro tucano. Ex-prefeito de Porangaba (SP), Pedro acabaria sendo colocado no cargo para satisfazer os tucanos do interior paulista, assim como ocorreu na Subprefeitura de Santo Amaro, cujo administrador é Antonio Barros Munhoz, ex-prefeito de Itapira (SP).
O principal problema é que a Subprefeitura da Lapa está sendo rateada para pessoas que não têm nenhuma ligação com o bairro. O que parece é que o poder público municipal não quer saber das necessidades da região. Nenhum desses políticos pensaram em sequer consultar a comunidade local para saber o que ela pensa.
Serra reiterou que não iria lotear as subprefeituras para os vereadores. Esta antiga prática servia para a governabilidade da cidade. Neste início de gestão, o prefeito está nomeando ex-prefeitos do interior paulista. A estratégia de Serra seria entregar cargos para candidatos do PSDB que foram derrotados na última eleição municipal ou ex-prefeitos tucanos para comporem um quadro político-eleitoral para as eleições do Governo do Estado. O que quer dizer que a Subprefeitura da Lapa está servindo de moeda de troca política para conquistar um quadro eleitoral mais favorável para 2006, quando escolheremos o sucessor de Geraldo Alckmin.
Esta forma de conduta é um desrespeito para todos nós. Durmam com um barulho desses!

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