JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER
Pais, alunos e professores da Escola Estadual Thomaz Galhardo se reuniram em frente à Secretaria Estadual de Educação para protestarem contra o fechamento da instituição de ensino. O movimento se concentrou na Praça da República na terça-feira passada, dia 7 de dezembro.
O problema da escola, segundo a Coordenadoria de Ensino Centro-Oeste, seria a baixa demanda por matrículas. Existem ao todo 204 alunos para uma capacidade de atendimento da Thomaz Galhardo estimada em 1.260 nas 18 salas em dois turnos. A Coordenadoria já havia afirmado que os estudantes poderiam se transferir para as escolas estaduais próximas, como a Edmundo de Carvalho, Marina Cerqueira Cezar e Alfredo Paulino. Os alunos com necessidades especiais seriam atendidos pela Estação Especial da Lapa.
Os pais, no entanto, argumentam que a escola poderia atender mais estudantes se as inscrições para as matrículas fossem melhor divulgadas nos meios de comunicação. O Conselho Tutelar dos Direitos da Criança e Adolescente da Lapa entrou com um processo Difusos e Coletivos na Promotoria da Justiça, pela violação do Artigo 208 da Lei 8.069 (Estatuto da Criança e Adolescente – ECA). A norma assegura ensino obrigatório e atendimento especializado para pessoas com necessidades especiais.
Cinco representantes do movimento da escola, Silvana Soares de Assis (Associação dos Professores do Ensino Oficial do Estado de São Paulo – Apeoesp), o vereador Carlos Giannazi (Comissão de Educação da Câmara Municipal), Sandra Tereza Dugaich (Conselho Tutelar dos Direitos da Criança e Adolescente da Lapa), Claudir Guimarães (Conselho da Escola Thomaz Galhardo) e William Lisboa (Fórum da Criança e Adolescente) dialogaram com a chefe de gabinete da Secretaria de Educação, Mariléa Nunes Vianna.
A reunião durou uma hora, onde foram apresentados os argumentos pelo não-fechamento da Thomaz Galhardo, que atende 204 alunos, dos quais 59 portadores de deficiência, do Ensino Fundamental I (1ª a 4ª Série). A Secretaria de Educação exige a comprovação da demanda em 10 dias. Até a manhã de 20 de dezembro, o movimento terá de demonstrar que existem alunos para preencherem as vagas na Thomaz Galhardo.
“A responsabilidade da verificação da demanda é do governo do Estado. Eles estão repassando esta função para a comunidade”, reclama Guimarães. Este assunto foi discutido numa nova reunião, ocorrida na quarta-feira, dia 8 de dezembro. O encontro foi na Delegacia Participativa da Lapa e tratou da mobilização da comunidade do bairro para conseguir novos estudantes para a Thomaz Galhardo.