RENATA DE GRANDE REPÓRTER
Irineu Fabichak tem um currículum exemplar. Com 80 anos de idade, ele tem muitas hitórias a contar. É uma verdadeira enciclópedia ambulante. Morador da Vila Leopoldina há mais de 45 anos, começou como vendedor de livros pela Editora Companhia Melhoramentos e se transformou num jornalista especializado em pesca. Um dos maiores conhecedores do assunto no País, ele virou titular da coluna Pesca do Viagem, caderno do Jornal O Estado de S.Paulo por mais de 19 anos. Na Folha de S.Paulo ficou 23 anos trabalhando como colunista no caderno Agricultura. E acreditem, cursou apenas o primário.
Fabichak começou a escrever artigos sobre o assunto em 1944, na revista Caça e Pesca, primeira publicação mensal dedicada ao tema. Além do Estadão e da Folha, ele já trabalhou nos jornais A Gazeta Esportiva, Correio Paulistano, o Diário de São Paulo, e para as revistas Quatro Rodas, Troféu-Pesca, a Bíblia do Pescador e Planeta Água. “Viajei pelo Brasil todo. Pantanal, Manaus, Campo Grande, fazendo as reportagens”, lembra o jornalista, ressaltando que ele mesmo fazia as fotografias das matérias, pois nunca teve um fotógrafo sedido pelos jornais onde trabalhou.
Em seus artigos, Irineu Fabichak costumava não apenas dar dicas de pesca, como também tratava de temas como a conseqüência da má preservação dos rios para o meio ambiente.
A experiência acumulada em 70 anos de prática pesqueira também está registrada nos 27 livros publicados pela Editora Nobel. A pesca não é a única especialidade de Fabichak. Ele escreveu também sobre agricultura e pecuária. Entre os diversos títulos estão: Pesca Esportiva Marítima, Aprenda a Pescar, Criação de Rãs, Criação de Coelhos, Plantas de Vasos e Jardins e muitos outros.
Atualmente, o jornalista se aposentou e se dedica exclusivamente para o seu hobby: artesanato. Ele produz réplicas de embarcações. “Gosto do artesano porque me entretém e me espairece”, finaliza Fabichack que terá nos próximos meses seus livros reeditados e revistos pela Editora Nobel.
