JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER
A Subprefeitura da Lapa encomendou um levantamento, provando que os moradores da Lapa e da parte baixa do bairro gostam mais de usar as passagens subterrâneas do que utilizar uma possível passarela. A pesquisa foi feita pelas empresas Alphageos e Planservi.
Foram ouvidas perto de 400 pessoas entre agosto e setembro do ano passado, que expuseram que a “distância de percurso, obstrução de via, grande extensão e altura da passarela por cima, a vencer o conflito entre veículos e pedestres, faz com que a grande maioria dos pedestres prefira o percurso mais curto”, que seria pela passagem subterrânea.
Segundo o levantamento, um fator extremamente importante a ser considerado, que foi mencionado pelos pedestres, é que o percurso pelos túneis é feito praticamente à sombra enquanto o percurso pela passarela é feito em rampa e sob o sol. Outro ponto de travessia existente é a passarela da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos, porém, pouco utilizada e praticamente restrita aos usuários da CPTM. Em ocasiões de chuvas fortes, torna-se totalmente congestionada devido aos alagamentos dos túneis.
“Meu medo é que uma passarela pouco utilizada se transforme num elefante branco, sem utilidade”, disse o Subprefeito da Lapa Adaucto José Durigan, ressaltando que 75 mil pessoas passam diariamente de um lado para o outro.
Segundo o subprefeito, o ideal é a construção da futura estação da Lapa, que unificaria as duas estações (Lapa e Água Branca), com “a ampliação do mezanino de distribuição de passageiros sobre a ferrovia, integrando os dois lados da ferrovia com rampas e escadas rolantes em vários pontos para vencer o desnível necessário para transpor o leito ferroviário, superior a sete metros de altura, inclusive integrando o Terminal de ônibus com a nova estação da Lapa. “A transposição de pedestres seria semelhante ao que acontece na Estação da Barra Funda”, completou. Portanto, a passagem da Lapa para a Lapa de Baixo depende das verbas orçamentárias do Governo do Estado, responsável pela CPTM.
