José de Oliveira Jr. Repórter
O vereador Gilberto Natalini (PSDB) esteve na Associação Comercial de São Paulo – Distrital Lapa (ACSP-Lapa) para criticar a permanência da Usina de Compostagem de Lixo da Vila Leopoldina numa região densamente povoada. Segundo o presidente da Comissão de Saúde da Câmara Municipal de São Paulo, a luta de 12 anos pela desativação do “lixão” deve ser respeitada pela Prefeitura.
“Compreendemos a dificuldade da administração municipal em fechar a usina, mas o odor do material orgânico, que provoca uma série de problemas de saúde para os moradores não pode continuar. A compostagem tem que ser desativada”, disse Natalini, que elogiou o bairro.
Na vistoria que o tucano participou com membros da comunidade e integrantes da Limpurb – empresa municipal responsável pelo acompanhamento do gerenciamento da usina -, relembrou o chorume (resultado de materiais pesados e bactérias), que contamina a galeria fluvial e o lençol freático, causando um problema ambiental no solo. Ele também ressaltou que o pré-composto que servirá como matéria-prima para o adubo é de má qualidade. “A usina está produzindo veneno para nós consumirmos”, denuncia.
O vereador de oposição criticou a Prefeitura por não ter dado a devida atenção ao problema, usando apenas medidas paliativas, sem resolver o drama dos moradores de Vila Leopoldina. “A única novidade que tivemos foi a cobrança da taxa do lixo, com a permanência dos “contratos nebulosos” com as empresas que recolhem os resíduos na cidade”, protestou.
Além de elogiar a luta de décadas do Movimento Popular de Vila Leopoldina, liderada por Gláucia Mendonça Prata, Natalini propôs, como alternativa ao fechamento da usina, a instalação de máquinas com tecnologia alemã ou nacional, que beneficiam o composto orgânico para a produção de água de reuso, gás utilizável ou permitindo a confecção de blocos de carbono, destinado a casas populares.
O tucano também falou do seu projeto sobre o Casarão do Anastácio, localizado em Pirituba. Ele propõe a transformação do prédio Art-Deco em um Centro Cultural Anastácio e a instalação do Parque das Colinas do Anhangüera.