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José de Oliveira Jr. Repórter
Há um ano e três meses, um grupo de 15 profissionais da Companhia Teatraria Paulista utiliza o espaço da Sociedade Amigos de Vila Ipojuca (Savi) para ensaiar a peça “Banquete dos Homens”, uma trama policial unindo o suspense com manifestações místicas da filosofia oriental, como taoísmo e chacras. Segundo a diretora Flávia Pucci, o formato inovador nasceu da pesquisa de dramaturgia, feita pelos atores, que construíram os sentimentos e comportamentos dos personagens, culminando em 14 protagonistas.
“A mensagem da peça é a prisão do pensamento. Se pensamos que estamos livres, o nosso mundo é livre. Se temos mania de perseguição, tudo nos persegue. Pense tudo isso num romance policial”, explica Flávia, moradora de Vila Ipojuca. Ela afirmou que “Banquete dos Homens” nada contra a corrente, como um teatro artesanal e experimental, escapando do banal novelesco. “Todos participamos como patrocinadores porque não temos ninguém que nos ajude financeiramente”, lamenta a diretora, ressaltando que a Savi foi a única entidade que se prontificou a ceder o espaço para os ensaios, que acontecem nas noites de terças e quintas-feiras. Aos domingos, o dia inteiro.
De acordo com o autor e também ator da peça, Antonio Furtado, “Banquete dos Homens” trata de sete histórias interdependentes que mostram os comportamentos compulsivos de suspeitos de um crime e a complexidade da corrupção. O final é uma surpresa. Agora, o maior drama do grupo – que já conta com cinco anos de estrada – é conseguir um teatro para estrear a peça até agosto.
Quem quiser assistir aos ensaios do espetáculo pode ligar para uma das atrizes, Alexandra Pericão, pelo telefone 9116-8075 ou ainda pelo e-mail apericao@uol.com.br. O espetáculo é recomendável para 14 anos. A Sociedade Amigos de Vila Ipojuca fica na Rua Tonelero, 612.
