Vereador do bairro

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JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER

Quanto mais se anda pela Lapa, mais se acredita na necessidade de um representante político. Este fato não se deve somente pelas carências de região, pois temos uma realidade relativamente boa. Entretanto, um vereador seria uma voz política importante para a Lapa conquistar espaço. Uma pessoa dentro da Câmara Municipal de São Paulo auxiliaria e discutiria os temas mais controversos, ajudando a resolver embaraços e polêmicas.
Neste momento, não é essencial ao bairro a roupagem ideológica, a sigla partidária ou a representação de grupo religioso, étnico ou qualquer gênero específico. O que importa é ser um morador da Lapa, que conheça os problemas da região, reconhecendo a necessidade de ouvir democraticamente a sociedade civil. As reivindicações populares devem ser respeitadas. O possível vereador da Lapa seria o porta-voz destas solicitações.
Os problemas do bairro são inúmeros. As esquinas da Avenida Pompéia com a Rua Turiaçu, por exemplo, sofrem neste período de chuvas. A enxurrada é muito intensa por causa das força das águas e da falta de permeabilidade do solo. As galerias subterrâneas também necessitam de melhorias para dar vazão à água.
Outra dificuldade é a falta de Metrô na Lapa. A Linha Oeste parou na Estação Barra Funda, que foi inaugurada em dezembro de 1988. A extensão desta linha é um pedido de todos os usuários deste sistema de transporte e também dos moradores. Existe um projeto do Governo de Estado para a construção de um terminal que concentre trem e metrô, além de permitir uma passagem da John Harrison para a William Speers, que melhoraria o acesso do Centro Comercial à Lapa de Baixo.
A criminalidade no bairro é outra preocupação constante nas reuniões mensais do Conselho Comunitário de Segurança (Conseg-Lapa). O 4º Batalhão da Polícia Militar Metropolitano (4º BPM/M) está implementando um programa de prevenção ao crime. Com a ajuda dos moradores, a polícia comunitária se tornaria um instrumento que anteciparia a ação de bandidos. Um representante na Câmara Municipal seria um personagem catalisador, que interagiria com o poder público para melhorar ainda mais o projeto, conseguindo novas viaturas, rádio de comunicação, entre outras benfeitorias.
As reivindicações justas da população precisam ser ouvidas sem intransigência das pessoas que governam a São Paulo de cima para baixo. É preciso alguém dentro da Câmara Municipal que ainda tenha bom trâmite no Palácio dos Bandeirantes e no Palácio Anhangabaú, além de conhecimento entre os órgãos competentes.
O Jornal da Gente Lapa está à disposição para a cobertura de um debate entre pleiteantes ao Legislativo Municipal de todas as bandeiras. O importante é que pelo menos uma pessoa represente este bairro para evitar o que já acontece: o abandono político, deixando de fora a Lapa da agenda das grandes resoluções dos problemas.

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