JOSÉ DE OLIVEIRA JR. REPÓRTER
Uma iniciativa que pretende render frutos. Pela primeira vez, 16 proprietários de estabelecimentos comerciais das imediações da Rua Tomé de Souza se reuniram com o capitão da 1ª Companhia do 4º Batalhão da Polícia Militar (1ª Cia/4º BPM/M), Edmilson Miranda para construírem juntos uma estratégia que previna a criminalidade na região. O encontro aconteceu no Restaurante Nostra Gula na quinta-feira passada.
Segundo o capitão, a idéia é implantar uma rede de ajuda mútua entre comerciantes e policiais para inibir a ação de bandidos. “O que gostaríamos é implementar uma polícia comunitária preventiva, por meio de uma teia de autoproteção, com os comerciantes e moradores se solidarizando com o seu vizinho”, disse Miranda, há nove meses à frente da 1ª Cia/4º BPM/M.
O capitão Miranda ouviu as reivindicações dos comerciantes e explicou os procedimentos adequados para evitar a violência. “Infelizmente, o que temos é uma sociedade individualista, que não se preocupa com o que acontece com o morador do lado, nem quer conhecer seu vizinho. Uma comunidade fiscalizadora corresponde ao ideal de não se precisar chamar o 190 para correr atrás de bandido”, explica as diretrizes básicas para uma polícia comunitária eficiente.
Muitos comerciantes disseram que suas lojas eram assaltadas freqüentemente, mas com o apoio de policiais que visitavam constantemente o estabelecimento não houve mais ocorrências. Conhecer os lojistas da região através da visita sistemática de policiais é a tática mais eficaz no combate à violência. Por parte dos comerciantes, é necessário que eles conversem com a patrulha e se notar algum problema nas imediações da rua marcar a placa do carro suspeito, a roupa dos bandidos e ligar para a 1ª Cia/4º BPM/M pelo telefone 3864-0280.
Atualmente, a companhia dispõe de 21 viaturas, das quais duas estão paradas para a manutenção. Os policiais precisam de pelo menos 25 carros e seis motos para o patrulhamento dos bairros da Lapa, Vila Anglo, Lapa de Baixo, Vila Ipojuca e Centro Comercial da Lapa. Eles também necessitam de um trailler para uma base policial. Uma nova reunião entre o capitão, os policiais da área e os comerciantes foi marcada para 19 de fevereiro.