No lançamento do Mapa da Juventude na Cidade de São Paulo, na última quinta-feira, dia 4 de setembro, a prefeita Marta Suplicy comentou sobre os resultados de uma pesquisa que revelou o perfil e o comportamento de moradores entre 15 e 24 anos de idade. Em cerimônia no Salão Azul do Palácio das Indústrias, sede da Prefeitura Municipal de São Paulo, os presentes receberam um levantamento sócio-econômico-cultural dos jovens que vivem numa cidade que ultrapassa 10 milhões de habitantes.
Entre os 12 distritos reconhecidos como os mais bem equipados para atender a juventude – contemplados na Zona Homogênea 1 -, a Lapa foi considerada o sétimo melhor bairro, apresentando um índice de 0,67. Os pesquisadores do Centro de Estudos de Cultura Contemporânea (Cedec) e da Coordenadoria da Juventude, ligada ao gabinete da prefeita, chegaram a este percentual, levando em consideração a quantidade da população jovem no conjunto do distrito, a taxa anual de crescimento populacional do bairro, de 1991 a 2000, e o percentual de mães adolescentes no total de nascidos vivos.
O coeficiente de mortalidade por homicídios na faixa etária de 15 a 24 anos, o percentual de jovens que não freqüentam a escola, o coeficiente de viagens por motivo de lazer por distrito, o índice de mobilidade da população nesta faixa etária e, principalmente o valor do rendimento médio mensal familiar também foram determinantes para construir a Zona Homogênea (ZH), onde a Lapa conta com um “índice de elite”, na faixa entre 0,62 e 0,78 (que varia entre 0 e 1). Foram caracterizadas cinco Zonas Homogêneas.
Esses números foram determinados a partir dos resultados das pesquisas realizadas pela Fundação Seade (Índice de Vulnerabilidade Juvenil), pelo Cedec (Mapa da Exclusão Social e Mapas de Risco da Violência) e pela Faculdade de Medicina da USP (Análise do Fluxo da População em Busca de Atenção à Saúde).
A pesquisa destaca que os jovens da Zona Homogênea 1 tem os melhores índices. Cerca de 86% se consideram brancos, 84% estudam (destes 63% freqüentam escolas privadas), 72% são usuários da internet (dos quais mais da metade acessa em casa), 63% gostam de rock e 44% trabalham. Um dado curioso é que o emprego formal (com carteira assinada) é um problema que afeta toda a juventude em todas as cinco ZHs. Mais informações na Coordenadoria da Juventude pelo telefone 3315-9077 (ramal 2325), ou pelo site www.prefeitura.sp.gov.br/juventude.
