O Primeiro Simpósio do Programa Comunitário pela Valorização da Vida contou com a participação de 400 membros da comunidade da Lapa, Pirituba e Perus. O evento, promovido pelo Conselho das Sociedades Amigos de Bairro da Região da Lapa (Consabs), Federação das Associações e Sociedade Amigos da Região Noroeste e o 4º Batalhão da Polícia Militar Metropolitano (4º BPM/M), aconteceu na sexta-feira passada, no auditório da Associação Paulista dos Supermercados (Apas).
No início da solenidade, 20 bandeiras, das quais 16 de Sociedades Amigos de Bairro e quatro oficiais, foram levadas por líderes comunitários e policiais militares. O tenente-coronel do 4º BPM/M Luiz Nakaharada explicou os significados dos símbolos nacionais e paulistas.
O responsável pelo Fórum Regional da Lapa, Fernando Antônio Torres Garcia, parabenizou as entidades comunitárias, conclamando o respeito à lei e às instituições da República. Em seguida, Tarcísio Justino Loro, representando a Igreja Católica no evento, disse que a segurança começa pela educação no berço familiar para a defesa da vida.
O presidente do Consabs, José Benedito Morelli, o Boneli, criticou o governo do Estado por firmar parceria apenas na teoria. Ele elogiou os policiais e a luta da comunidade, mas voltou a reclamar das viaturas quebradas e a falta de apoio do governo estadual. O líder comunitário disse que os alunos que ficam na Praça Cívica e na Praça José Azevedo Antunes andam “no meio de traficantes, além de consumirem bebidas alcoólicas”.
Em contrapartida, o presidente do Conseg Pereira Barreto, Fernando Braga, afirmou que a polícia comunitária da 6ª Companhia do 4º BPM/M é eficaz porque recebe o auxílio da comunidade local. Alguns membros da região de Pirituba, porém, contestaram a observação de Braga, declarando existir problemas com a criminalidade.
O presidente da Ordem dos Advogados do Brasil na Lapa, João de Sá Teixeira Neves, limitou-se a elogiar a iniciativa da PM e da comunidade porque “precisamos de menos violência e mais participação da sociedade”. O advogado relembrou que a dignidade, respeito e solidariedade, todos valores aprendidos no lar, devem ser revalorizados.
Pela educação, a dirigente responsável pela área da Diretoria de Ensino Centro-Oeste, que congrega 81 escolas, três unidades da Febem e quatro batalhões da PM, Walkyria Cattani, declarou apostar na educação como meio de formar cidadãos, lamentando a ausência dos pais no conselho escolar e a relutância dos mesmos em aceitar a informação de que seu filho é drogado.
O Programa Jovem Construindo a Cidadania (JCC) não foi esquecido. Os alunos do Colégio Módulo e do Camp-Oeste estiveram presentes para agradecer o apoio da Polícia Militar na prevenção das drogas e da violência.