Num encontro no dia 26 de fevereiro entre 20 moradores e o subprefeito da Lapa, Adaucto José Durigan, a comunidade de Vila Leopoldina reclamou de diversos problemas recorrentes no bairro. Entre eles, está a falta de cuidado com as podas de árvores. A vegetação é um dos orgulhos dos moradores da região. Existem inclusive espécies raras da flora da cidade. Uma moradora reclamou que os profissionais da administração que cortam as árvores não sabem fazer o serviço corretamente. Afirmou ser preciso fazer a devida vedação no tronco para não permitir a entrada de umidade, impedindo a ação de cupins.
Durigan afirmou haver controvérsias nos procedimentos da poda. Segundo a legislação, para se cortar ou podar a vegetação é necessário o parecer técnico do engenheiro agrônomo. Em seguida, a Subprefeitura lança a informação no Diário Oficial do Município. Se nos próximos seis dias ninguém reclamar da decisão, a árvore será mexida. Ninguém, a não ser o poder público, tem autorização de cortar ou podar a flora, sob pena de multa ou prisão. Durigan concorda com esta norma porque preserva o meio ambiente no bairro, dificultando o desmatamento. Mesmo assim, se prontificou a realizar um debate entre comunidade e especialistas para resolver o assunto.
Desde 2001, segundo o subprefeito, havia cinco mil pedidos de poda de árvore. Esse número se reduziu para cerca de 2,6 mil em dois anos. De acordo com ele, a administração se esforça para atender todas as solicitações, mas a demanda ainda é grande.
Mofarrej
Segundo a previsão da Subprefeitura da Lapa, as 54 famílias que vivem na favela embaixo do Viaduto Mofarrej sairão na quinta-feira, dia 7 de março. As pessoas serão encaminhadas para o abrigo no Jardim Humaitá. A ação será conjunta entre as Secretarias Municipais da Habitação e Assistência Social (SAS-Lapa), além de contar com o apoio da Limpurb, da Guarda Civil Metropolitana e da própria Subprefeitura. O espaço deixado pelas famílias será ocupado pela Escola de Samba Império Lapeano e por uma metalúrgica que fica próxima ao local. As duas instituições cobrirão a parte de baixo da ponte, impedindo novas invasões de moradores de rua.
A SAS-Lapa alugou um imóvel para atender os excluídos da região da Vila Leopoldina, principalmente aqueles que moram na área conhecida como Caixaria e nas redondezas da Ceagesp. A iniciativa terá a participação do investimento das empresas ligadas à Associação Nova Leopoldina e do trabalho assistencial do Instituto Rogacionista Aníbal Di Frância.