A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, percorreu a Ceagesp, na tarde de terça-feira, 28, para conhecer melhor o funcionamento do entreposto paulistano localizado na na Vila Leopoldina. Acompanhada pelos presidentes da Ceagesp, Mário Maurici, e do Sincaesp (Sindicato dos Permissionários em Centrais de Abastecimento de Alimentos do Estado de São Paulo), José Luiz Batista, a ministra percorreu a pé, em cerca de 2 horas, os pavilhões das frutas, melancias, abóboras, batatas, cebolas e o Pavilhão Mercado Livre do Produtor. Kátia Abreu comeu das melhores frutas, conversou com permissionários e consultou o que pensam sobre a mudança do entreposto para outro local. “Há diversas visões sobre a Ceagesp, mas algo que é unânime e que pudemos constatar é que temos de providenciar melhorias, principalmente no que se refere à organização das produções que são vendidas nesse espaço”, afirmou Kátia, constatando que não há unanimidade entre os permissionários sobre a mudança ou não da Ceagesp para outro local.
A ministra também foi bem categórica a respeito da recente assinatura do termo de cooperação entre os ministérios da Agricultura , de Planejamento e a Prefeitura de São Paulo. “Pelo que se percebe, o local hoje é de difícil movimentação, não se conseguindo andar de modo tranquilo pelo mercado. Está claro que não é mais possível fazer reforma estrutural nesse espaço”, afirmou. Kátia ressaltou que aguarda uma avaliação oficial sobre o valor da atual área em que se encontra o entreposto. Comentou ainda sobre as conversas mantidas com o Governo do Estado e a Prefeitura para encontrar um novo espaço para o entreposto: “Não queremos fazer nada de solavanco. Todas essas tratativas que estamos tendo vamos sempre procurar conversar com os permissionários da Ceagesp”.Kátia Abreu reforçou a necessidade de se aperfeiçoar a operação de comercialização. “Não temos nada automatizado no que se refere à atividade de compra e venda dos produtos. Isso é algo a ser visto com atenção e que, certamente, vai diminuir os custos dos permissionários, gerando dinheiro para o bolso deles”, explicou.
Mário Maurici afirmou que a mudança do entreposto para um novo endereço precisa levar em conta uma série de fatores logísticos e de gestão. “Vamos contratar em breve um estudo de impacto que nos possibilite ter uma melhor avaliação de todos os pontos envolvidos. Posso garantir que temos poucos exemplos no mundo de revitalização de um mercado grandioso como o nosso. Por isso, a decisão de se buscar um novo modelo de mercado em um novo espaço. Afinal, entre outras coisas, não temos o direito de prejudicar a circulação viária do entorno”.
Para Batista, presidente do Sincaesp, “este foi um importante passo para o início do diálogo com a ministra, que concorda que toda mudança deve ser bem planejada, discutida e executada com tempo. Ela se dispôs a ouvir o que temos a dizer e reconheceu o valor que o local tem não só para São Paulo, mas para todo o país.