Os verões paulistanos são típicos. Altas temperaturas e chuvas fortes durante a tarde entram no calendário dos paulistanos já em novembro, antes mesmo do início oficial da estação. Com as tempestades, um efeito colateral: inundações. E no que depender da atual gestão, as que virão das piores. No mês passado, a prefeitura determinou a redução nos contratos de varrição. Sindicatos do setor estimam redução nos trabalhos e cerca de 3 mil varredores demitidos. O impacto é visível. O aspecto da cidade piorou e pilhas de lixo passam dias a fio nas ruas.
Ao longo da gestão petista, a quantidade de lixo retirado das ruas caiu ano a ano. Das 118 mil toneladas de 2013, o número caiu para 113 mil em 2014 e no ano passado chegou a 107 mil. Paralelo a isso, a quantidade de reclamações de munícipes sobre a limpeza pública disparou.
Faz parte da varrição de rua a limpeza das bocas de lobo. Logo, o que não é recolhido, tende e a se amontoar nas galerias, causando alagamentos pela obstrução da água.
A prefeitura alega que os cortes feitos nos contratos visaram a redução de custos, mas há que se sublinhar que tal decisão pode encarecer o trabalho futuro, uma vez que a limpeza dos rios – para onde vai boa parte do lixo não recolhido das ruas, é bem mais custosa para a municipalidade.
Por fim, a população também deve fazer sua parte. Não jogar lixo nas ruas e não descartar entulho em locais impróprios é vital para garantir o bem-estar de todos.