Dono de casas de carnes do Mercado da Lapa, Paulo Izzo registra aumento no movimento após a operação Carne Fraca da Polícia Federal. “O pessoal quer carne fresca. O que eles perguntam é o nome do frigorífico e se não está no meio dos investigados na operação da PF e não é. Aqui não tem problema porque a carne chega com osso e a gente que desossa, é fresca”.
Segundo o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento a investigação em 21 frigoríficos é sobre condutas de agentes públicos ligados à fiscalização da parte burocrática das mercadorias, e não sobre a qualidade dos produtos cárneos. O esclarecimento foi feito na quinta-feira, 23, pelo ministro Blairo Maggi (Agricultura, Pecuária e Abastecimento) durante entrevista a correspondentes estrangeiros por videoconferência. Maggi destacou que o governo federal está agindo com total transparência desde o momento em que a PF desencadeou a Operação Carne Fraca, no dia 17. Entre os alvos da operação estão os frigoríficos JBS (Friboi), BRF (Sadia/Perdigão) e Seara. Cerca de 30 empresas são investigadas, incluindo fornecedoras dos grandes frigoríficos, que tiveram R$ 1 bilhão bloqueados pela Justiça Federal do Paraná.
Imposto pode reduzir consumo
O empresário Paulo Izzo acredita que o preço da carne deve cair por causa da operação, mas depois subir . “O que preocupa é que o governo do Estado quer colocar cerca de 11% de ICMS na carne a partir de abril. O aumento vai prejudicar o setor e tirar a carne do prato da população”, diz o diretor do Sindicato do Comércio Varejista de Carnes Frescas do Estado de São Paulo e dono de casas de carne no Mercado da Lapa.