Na semana do Dia Mundial da Água (22 de março) nos deparamos em São Paulo com a maior estiagem destes últimos 80 anos, na Bacia do Alto Tietê, onde se concentram cerca de 16 milhões de pessoas, de 36 municípios.
O sistema que abastece esta região é o Cantareira que deveria estar com 60% de sua capacidade hídrica, mas efetivamente está com somente 15%. Sem dúvida um dado preocupante.
É preciso conscientizar o poder público, Estados e Municípios, que além do incentivo de desconto na conta de quem consome menos, se invista recursos para tirar os planos de reservação e abastecimento de água do papel, fazendo também um trabalho de diminuição de perda (em vazamentos) da Sabesp, Companhia de Saneamento Básico de São Paulo responsável pelo abastecimento no Estado.
Quanto à sociedade civil, além de pagar a conta também está fazendo a sua parte, economizando água. Mas devemos ressaltar que o Brasil é um dos países mais beneficiados com água tanto subterrânea quanto superficial, mas em regiões como o Alto Tietê pela sua demanda (que é de grande concentração de pessoas que usam os recursos), a campanha de uso racional da água tem que ser contínua, pois a água nesta região é finita.
Hoje a Sabesp já prática um racionamento informal de água, devido à gravidade do problema. Devemos alertar que mesmo com as chuvas que virão, os problemas de abastecimento continuarão existindo, até a regularização do nível dos reservatórios e nós cidadãos teremos que conviver com a adversidade de enchentes e falta d’água em nossas casas.
