Dirigir por São Paulo requer habilidade para desviar dos buracos nas vias, que parecem se multiplicar por toda a cidade. Na Zona Leste, moradores que aguardam há oito meses o serviço de tapa-buracos pintaram e numeraram as cavidades em forma de protesto no último dia 17.
As fortes chuvas do primeiro bimestre, que inviabilizam a realização do serviços, também são responsáveis pelo surgimento de novos buracos e algumas suspensões danificadas. A Secretaria Municipal das Subprefeituras afirma que recebeu em janeiro deste ano 25.312 solicitações de tapa-buraco pelo SP 156, e atendeu 19.978 desses pedidos.
Em 2018 , foram recebidos 17.142 chamados no mesmo período, e resolvidos 44.292, incluindo demandas anteriores. Segundo a secretaria, parte das dificuldades em fazer o serviço, além da questão das chuvas, é o fechamento da usina de asfalto na Barra Funda, que causou um déficit na disponibilidade do material e redução do serviço. Quando Bruno Covas visitou a unidade para o encerramento das atividades, em janeiro deste ano, foi apontado que o fechamento permitiria que as ações fossem descentralizadas, otimizando a logística de carregamento da massa e aplicação de asfalto, com diminuição dos custos operacionais gerado pelo deslocamento dos 42 caminhões que levavam o material para as regiões da cidade onde são realizadas as operações tapa-buraco. “Essa usina chegou a produzir 2 mil toneladas por dia e estava produzindo apenas 600. Já temos uma empresa contratada para produzir essas 600 toneladas por dia e teremos mais duas empresas para produzir o restante”, disse Bruno Covas à época.
Já na região a Lapa, de janeiro até esta quinta-feira (28), a subprefeitura afirma que foram realizadas 1877 ações de tapa-buracos. Questionada sobre qual o critério para a realização de uma operação de tapa-buracos e recapeamento total da via, a Subprefeitura da Lapa informa que a responsabilidade da Operação tapa-buraco é da subprefeitura, enquanto que o recapeamento é responsabilidade da SPUA (Superintendência das Usinas de Asfalto), da Secretaria Municipal das Subprefeituras. Entre os critérios técnicos utilizados na avaliação que define a necessidade de recapeamento de uma via, está o craqueamento da massa asfáltica, a idade da capa asfáltica, perda de liga do material por volatização e ações do tempo, aumento do tráfego, uso das vias por veículos pesados, entre outros.
Em relação ao recursos utilizados, cabe à subprefeitura a contratação de empresa responsável pelo fornecimento de equipamentos (pá, enxada, rastelo), veículos (caminhões carroceria, caminhão massa asfáltica), máquinas (rolo compressor e fresador) e mão de obra para a execução do serviço de tapa-buraco. Já o fornecimento de massa e emulsão asfálticas são de responsabilidade da SPUA.
Quem identificar uma demanda de tapa-buraco pode solicitar o serviço pelo aplicativo, site ou telefone do SP156 e praça de atendimento da subprefeitura. O prazo de atendimento do serviço é de até 45 dias. Já os casos de serviços emergenciais podem ser atendidos em até três dias.