Empresa cultiva hortaliças em fazenda vertical na Vila Leopoldina

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A lavoura indoor elimina processos e diminui o manejo dos produtos, reduzindo as perdas e garantindo total controle em todas as fases da produção

Se o governo do Estado prenuncia que a Vila Leopoldina irá virar um polo tecnológico nos próximos anos, é válido saber que já existem no bairro coisas que definem bem o conceito de “futurista”. É o caso da Pink Farms, a primeira fazenda urbana vertical da América Latina, com produção de hortaliças livres de agrotóxicos e alto aproveitamento. A ideia dos fundadores da Pink Farms, os engenheiros Geraldo Maia, Mateus Delalibera e Rafael Delalibera, em criar esse modelo de produção foi justamente para evitar as perdas envolvidas no cultivo tradicional. “Identificamos essa necessidade porque víamos produtos sem qualidade e caros, sem contar que cerca de 75% do que é cultivado se perde durante o próprio processo de produção ou no transporte. Tem ainda a questão dos desmatamentos e a necessidade de ocupar espaços muito grandes para produzir. Com isso, começamos a pesquisar para trazer essa tecnologia que nos permite produzir de forma melhor”, explica Geraldo Maia.

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Mateus Delalibera, Gerlado Maia e Rafael Delalibera

A lavoura indoor elimina processos e diminui o manejo dos produtos, reduzindo as perdas e garantindo total controle em todas as fases da produção. Os vegetais são alimentados por luzes de LED azul e rosa, que simulam a luz do sol para a realização da fotossíntese. Todo o cultivo é feito sem o uso de agrotóxicos e os produtos saem do galpão embalados e prontos para serem consumidos, sem necessidade de higienização.

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Produção indoor com luzes de LED

A escolha da Leopoldina para a fazenda foi a facilidade de acesso e escoamento da produção. “Nossa distribuição percorre no máximo 10 km na cidade, o que garante a qualidade do produto e um preço competitivo. Nós já trabalhávamos na Leopoldina, conhecíamos a região e sabemos que é fácil de chegar. É também um dos lugares de São Paulo que melhor se encaixou para a produção, com inúmeros galpões. Hoje não vendemos para a Ceagesp, mas estamos próximos caso isso ocorra futuramente. Temos acesso fácil para todas as regiões da cidade para entregar os produtos e os funcionários contam com transporte público próximo”, afirma Maia. Atualmente a equipe da empresa conta com 12 funcionários.

A linha de produtos da Pink Farms oferece sete tipos de brotos, os chamados “microgreens”, que são altamente nutritivos, oito tipos de folhosas como acelga, espinafre, manjericão, rúcula e alfaces mimosa, crespa, lisa e friseé, e também grama de trigo, rica em vitaminas, minerais e antioxidantes que é utilizada para a preparação do suco de clorofila, cujo consumo tem aumentado no país. Geraldo Maia afirma que em um segundo momento a ideia é ampliar a oferta de produtos com uma linha de berries (mirtilo, cranberry, amora, entre outros), assim como frutas, legumes e cogumelos. Atualmente a Pink Farms produz duas toneladas de hortaliças por mês, mas a capacidade máxima da fazenda da Vila Leopoldina é de 130 toneladas por ano.

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Os nutritivos microgreens

Vários estabelecimentos da cidade já comercializam os produtos da Pink Farms e nos próximos meses será possível encontrá-los em redes de supermercados e empórios da região. Antes de expandir a produção para outros locais, os sócios querem consolidar a marca. “Queremos fazer a marca crescer e se estabelecer nacionalmente. Já temos a programação para fábricas maiores e pretendemos ficar aqui na região, mas consideramos outros locais como a Mooca, que também tem galpões”, diz Geraldo Maia. Quem quiser saber mais pode acessar www.pinkfarms.com.br

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