PIU estratosférico

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Foi divulgado recentemente o resultado da Consultoria APSIS, contratada por moradores da Vila Leopoldina, para avaliar o modelo econômico-financeiro do PIU, confirmando vantagens estratosféricas para os proponentes: R$ 522 milhões impactando os cofres públicos.

O estudo abordou três aspectos técnicos: taxa, prazo e valor do terreno da SPTrans. A AVL calcula que o prejuízo possa ser muito maior. Pelo texto original do Projeto de Lei, em troca de 800 moradias populares, são concedidos aos proponentes 500.000 m² de potencial construtivo (PCA – o direito de construir mais alto) ao preço módico de R$ 266/m². E ainda no Art. 8 ganham a custo zero mais 625.000 m². Apenas como referência, o último leilão de PCA na Operação Água Branca previa o lance mínimo de R$ 1.789/m².

O rombo pode passar de R$ 2 bilhões, valor suficiente para reurbanizar as 14 favelas (mais de 4.200 famílias) do Arco Pinheiros e ainda sobraria dinheiro para investir em escolas, creches, parques, asfalto, ciclovias, praças e hospitais.

Isto confirma ressalvas que há tempos vêm sendo feitas. A proposta de substitutivo ao PL pode ser uma solução para remediar o problema, proporcionando a tão desejada moradia digna aos moradores das comunidades da região com equilíbrio ao erário.

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