Sesc Pompeia é considerado uma das 25 obras arquitetônicas mais importantes do pós-guerra

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Foto: Renato Parada

Renato Parada
Escolha se deu pelo pioneirismo de ressignificar a estrutura de um espaço industrial

Projetado pela arquiteta ítalo-brasileira Lina Bo Bardi na década de 70, o Sesc Pompeia entrou para uma lista organizada pelo jornal The New York Times como uma das 25 obras arquitetônicas mais importantes do pós-guerra.

O júri que selecionou as edificações em todo o mundo foi composto pelos arquitetos Toshiko Mori, Annabelle Selldorf e Vincent Van Duysen, pelo o designer Tom Dixon, pela artista e cenógrafa Es Devlin, pelo crítico e colaborador da revista T: The NY Times Style Magazine Nikil Saval e pelo diretor de design e interiores Tom Delavan.

A justificativa para a escolha do edifício é a perspectiva histórica da requalificação de uma antiga fábrica de tambores em um momento em que a ressignificação de espaços industriais ainda não era comum nos movimentos arquitetônicos. O trabalho de Lina Bo Bardi foi considerado pioneiro. “Eu queria representar Bo Bardi. Pensei que poderia ter escolhido a Casa de Vidro ou o Museu de Arte de São Paulo, mas acho que o Sesc Pompeia é um prédio realmente alegre: existe essa combinação de exuberância e monumentalidade”, afirma Nikil Saval.

Lina Bo Bardi nasceu em Roma, em 1914, e se naturalizou brasileira após a Segunda Guerra Mundial. É considerada uma das arquitetas mais importantes do país e, além do Sesc Pompeia e do MASP, é responsável por obras na Casa do Chame-Chame em Salvador, pela Igreja do Espírito Santo do Cerrado em Uberlândia e pelo Teatro Oficina em São Paulo.
O Sesc Pompeia, que ficou em 18º lugar na lista, tornou-se patrimônio cultural protegido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2015.

Renato Parada
Espelho d’água chamado Rio São Francisco em alusão ao rio do Nordeste

Também integram a lista edifícios icônicos como o Convento Sainte-Marie de La Tourette, projetado pelo arquiteto Le Corbusier na França, a Ópera de Sydney, de Jorn Utzon na Austrália e a Casa Luis Barragán, de Luis Barragán no México.

Em 2016, jornal britânico “The Guardian” colocou o Sesc Pompeia em sexto lugar na lista das 10 melhores construções e estruturas em concreto do mundo, na frente do Pavilhão Nacional Português, em Lisboa (7º lugar), da biblioteca da escola técnica Eberswalde, na Alemanha (8º lugar), da igreja St. John’s Abbey, em Collegeville, Minnesota (9º lugar), e o interior de uma casa no topo de uma falésia, em Coliumo, no Chile (10º lugar).

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