Há quem pense que os temas relacionados à sustentabilidade do planeta, aos cuidados com o meio ambiente e à preservação da natureza são de responsabilidade dos adultos. Afinal, o que uma criança tem a ver com o efeito estufa, a redução das nossas florestas ou com o aquecimento global?
Eu penso que: tudo! São os primeiros seis anos da nossa vida, a chamada Primeira Infância, a fase mais importante para formação humana, quando é construído o nosso caráter, os nossos valores e os nossos princípios.
Acredito que a maior responsabilidade dos adultos é promover atividades nas quais a criança possa desenvolver todo o seu potencial, principalmente em contato com a natureza. Isso não se resume a passar meia hora no parquinho. Tem que haver aprendizagem, estímulo, brincadeira que explore a criatividade, a socialização e a imaginação infantil.
Sou uma defensora das ações escolares dos portões para fora. Acredito que as escolas precisam assumir um protagonismo em seus bairros que promova uma transformação legítima.
Uma destas ações é a Feira de Trocas de Brinquedos, que tem como objetivo fortalecer o consumo consciente, mostrando para a criança que o brinquedo não precisa ser novo para ser legal. Até porque, se pensarmos que o plástico demora 400 anos para se decompor no meio ambiente, é urgente repensarmos o consumo desenfreado de brinquedos que utilizam esse material. Ações como esta ensinam, na prática, valores que a criança jamais irá perder. Pense nisso!