Soninha Francine, secretária municipal de Direitos Humanos de São Paulo
“É só arrumar serviço”. “É só tirar as barracas”. Nenhuma frase com “é só” condiz com o desafio relacionado à população em situação de rua.
Afetados pela crise econômica na pandemia, muitos foram para as calçadas pela impossibilidade de arcar com a própria sobrevivência. Mas rupturas diversas (família, relacionamentos) e questões de saúde (transtornos psíquicos, uso nocivo de álcool) são fatores preponderantes e ainda mais difíceis de enfrentar.
Nenhum governo implantou tantos serviços de atenção à pop. rua, numerosos e inovadores, quanto a gestão do prefeito Ricardo Nunes: milhares de vagas em hotéis, as Vilas Reencontro, novos CAPS, o Programa Operação Trabalho. Ainda não é suficiente – essa população segue aumentando, inclusive com quem é praticamente expulso de outras cidades.
Programas como o POT Redenção, no bairro do Bom Retiro, mostram como é possível construir e apoiar projetos de vida para que pessoas superem a situação de rua. Fácil NÃO É, mas tem jeito. Vamos persistir!
